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Queda nos preços impulsiona busca do agro por energia solar no Paraná

Os preços dos painéis fotovoltaicos tiveram queda média de 40% em 2023, reduzindo os custos de implantação de usinas solares e o payback (tempo de retorno do investimento) – o que, segundo a FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), vem estimulando os produtores rurais do Paraná a aderir cada vez mais à energia solar.

De acordo com a entidade, a procura por financiamentos de sistemas fotovoltaicos no Estado, por meio do programa RenovaPR, cresceu mais de 35% de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram mais de 460 projetos financiados, totalizando R$ 44,5 milhões.

“A energia elétrica é um dos principais insumos do setor agropecuário, principalmente para atividades como avicultura, piscicultura e bovinocultura de leite. Quem não gerar sua própria energia, vai ficar para trás. Agora, com essa queda nos custos, ficou ainda mais atrativo para que os produtores rurais instalem usinas solares em suas propriedades”, disse Ágide Meneguette, presidente da FAEP.

De acordo com dados da Infolink Consulting, os maiores fabricantes mundiais de painéis solares ampliaram a produção de componentes, mas a demanda não cresceu na mesma proporção. Em razão disso, há estoque de conjuntos, o que fez com que os preços caíssem.

“A indústria superestimou o crescimento do mercado. Em razão disso, estamos com altos estoques de equipamentos, o que ocasionou a queda nos preços. Com isso, se abriu uma janela de oportunidade. O produtor rural que ainda não fez os investimentos deve aproveitar, porque as condições implicam um bom negócio”, opina Luiz Eliezer Ferreira, técnico da FAEP.
Paraná

Ao longo dos últimos sete anos, o Paraná deu um salto no uso de energias renováveis no campo. Em 2017, havia apenas 47 usinas instaladas em propriedades rurais do Estado – 40 fotovoltaicas e sete de biogás. Hoje, são mais de 31,5 mil usinas instaladas no campo.

Segundo o Fiep, além da redução do preço dos sistemas solares aos longo dos últimos anos, o custo da energia no meio rural teve uma alta acentuada, em razão do fim de subsídios federais e da extinção do programa estadual Tarifa Rural Noturna – que previa a redução de 60% na energia consumida entre 21h e 6h, em propriedades rurais.

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