Inflação sobe 0,56% em outubro puxada novamente pela conta de luz
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no Brasil, acelerou 0,56% em outubro, ficando 0,12 p.p (ponto percentual) acima da taxa registrada em setembro (0,44%), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8).
Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, a maior influência nos resultados de outubro foi o grupo de Habitação (1,49%), com uma contribuição de 0,23 p.p no crescimento da inflação.
Nesse setor, o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que subiu 4,74% devido à vigência da bandeira tarifária vermelha no patamar 2 – que adiciona R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários no período:
-Goiânia (9,62%), com reajuste de 4,97% a partir de 22 de outubro;
-Brasília (5,49%), com redução de 2,98% a partir de 22 de outubro;
-São Paulo (6,00%), com redução de 2,88% em uma das concessionárias a partir de 23 de outubro.
Esse é o segundo mês consecutivo que o preço da energia elétrica acaba sendo o principal impulsionador da inflação no país. Em setembro, o aumento percentual foi de 5,36%.
Além do setor de Habitação, outro importante grupo pesquisado pelo IBGE que ajudou a elevar a inflação em outubro foi o de “Alimentação e Bebidas”, com elevação de 1,06% nos preços e uma contribuição de 0,23 p.p no resultado final do IPCA.
No ano, a inflação no Brasil acumula alta de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%, sendo este um indicador acima dos 4,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.