Solar lidera crescimento da produção de energia nos países da OCDE
Nos países-membros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), a produção líquida total de eletricidade foi de 854,4 TWh em maio de 2024, um aumento de 3,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. É o que apontou as Estatísticas Mensais de Eletricidade da IEA (Agência Internacional de Energia).
Esse aumento geral foi liderado pela forte geração de fontes renováveis (+6,6% a/a), impulsionada principalmente pela energia solar, que aumentou 19,7% a/a e, em menor grau, pela energia eólica (+5,8% a/a).
A geração de energia hidrelétrica permaneceu em linha com os níveis do ano anterior (-0,2% a/a), já que a menor produção na OCDE Américas (-11,6% a/a) e na OCDE Ásia-Oceania (-9,3% a/a) foi compensada por uma recuperação significativa na OCDE Europa (+16,8% a/a).
A participação de fontes renováveis no mix de eletricidade da OCDE se fixou em 39,4%, um ponto percentual a mais do que em maio de 2023. Já a produção de eletricidade a partir de fontes fósseis cresceu marginalmente 0,5% em relação ao ano anterior.
Segundo a IEA, a redução na geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis na OCDE Europa (-11,4% a/a) e na OCDE Ásia-Oceania (-5,5% a/a) foi compensada por um aumento significativo na OCDE Américas (+6,6% a/a). Nessa região, o salto na produção de energia baseada em combustíveis fósseis resultou principalmente da maior dependência de usinas a gás natural (+6,9% a/a).
No geral, os combustíveis fósseis forneceram 43,4% da geração total de eletricidade da OCDE em maio de 2024, uma queda de 1,4 ponto percentual em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Destaque do mês
Na OCDE Europa , a eletricidade líquida total atingiu 266,4 TWh em maio de 2024, marcando um aumento de 3% em comparação a maio de 2023. Apesar de um declínio na produção de energia a partir de combustíveis fósseis (-11,4% a/a), essa diminuição foi compensada pelo crescimento significativo na produção de eletricidade a partir de fontes renováveis (+9,6% a/a) e nuclear (+5,5% a/a).
O aumento nas renováveis foi impulsionado principalmente pelo aumento na produção da solar (+18,3% a/a) e hidrelétrica (+16,8% a/a). A geração fotovoltaica atingiu uma participação recorde de 14,9% na matriz elétrica, enquanto a energia hidrelétrica se recuperou das condições de seca que reduziram significativamente a produção no ano anterior.