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Investimentos em energia solar chegam a R$ 200 bilhões no Brasil

Os investimentos públicos e privados em energia solar ultrapassaram a marca de R$ 200 bilhões no Brasil, mostram dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Ao todo, a tecnologia renovável já soma mais de 42 GW de capacidade instalada desde o início da expansão da fonte no país, somando as grandes usinas e os sistemas de geração própria de energia.

No segmento de GD (geração distribuída), são mais de R$ 142 bilhões em investimentos acumulados, além de 28,9 GW de potência instalada e mais de 867 mil empregos verdes criados em todo o território nacional.

Já no segmento de GC (geração centralizada), a energia solar possui mais de 13,5 GW de potência em operação, com cerca de R$ 58,4 bilhões em investimentos e mais de 407,4 mil empregos verdes gerados.

Os dados da ABSOLAR apontam ainda que, somente neste ano, a fonte solar já adicionou mais de 5,4 GW à matriz elétrica nacional, ampliando ainda mais o protagonismo nacional da fonte na descarbonização da economia e no combate ao aquecimento global.

“A energia solar é uma das fontes mais competitivas, sendo a que mais cresce. Quem investe consegue economizar até 90% na conta de energia, com um retorno rápido dos investimentos, pois o preço dos sistemas caiu mais de 50% no ano passado”, comenta Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da ABSOLAR.

Rodrigo Sauaia, CEO da entidade, ressalta que – além de acelerar a descarbonização das atividades econômicas e ajudar no combate ao aquecimento global – a fonte solar vem tendo um papel cada vez mais estratégico para “a competitividade dos setores produtivos, alívio no orçamento familiar, independência energética e prosperidade das nações”, salientou.

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Energia solar ficou 5% mais barata no primeiro trimestre de 2024

O preço médio da energia solar no Brasil sofreu uma redução de 5% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o quarto trimestre de 2023: caindo de R$ 2,90/Wp para R$ 2,76/Wp, segundo o novo relatório do Radar Solfácil.

O estudo – que atualiza a cada três meses a evolução dos custos da fonte no país – aponta que a queda foi motivada pela diminuição dos preços do polissilício (principal matéria-prima na produção de painéis solares) no mercado internacional na reta final de 2023.

Embora o valor do insumo não tenha caído significativamente no primeiro trimestre de 2024, os impactos das reduções sofridas no ano passado continuaram impactando os preços dos projetos no Brasil neste começo de ano.

De acordo com o estudo, a redução dos preços da energia solar foi observada em todos os estados brasileiros, com exceção ao Ceará, onde o custo médio da instalação não sofreu oscilações.

Entre as regiões brasileiras, o Centro-Oeste se destacou como a localidade com o menor preço médio do Brasil: R$ 2,67/Wp e uma queda de 3,61% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

No Sudeste a redução foi de 4,86% no preço médio, que agora é de R$ 2,74/Wp, empatado com o Nordeste, que também apresenta um custo médio de R$ 2,74/Wp e teve uma queda de 6,16% no período.

Já na região Sul, o custo médio da energia solar está em R$ 2,82/Wp, uma diminuição de 5,69%, enquanto que na Norte, o preço médio – apesar de ainda ser o mais elevado do país (R$ 2,93/Wp) – contabilizou uma redução 3,93% no começo do ano.

“Estamos presenciando um momento histórico para a energia solar no Brasil. O preço da energia solar nunca esteve tão viável. A cada trimestre, temos observado quedas frequentes. Com contínua redução de custos, a tendência é que mais pessoas optem por investir nessa fonte de energia sustentável”, disse Fabio Carrara, CEO e fundador da Solfácil.

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Energia solar acumula R$ 12 bilhões em novos investimentos só em 2024

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Energia solar acumula R$ 12 bilhões em novos investimentos só em 2024

Energia solar já soma mais de 40 GW de capacidade instalada no Brasil. Foto: Freepik

A energia solar já trouxe mais de R$ 12 bilhões em novos investimentos para o Brasil somente em 2024, somando as usinas de geração distribuída e centralizada.

Trata-se de um aumento de 50% em relação aos R$ 8 bilhões gerados pela fonte nos três primeiros meses do ano passado, segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Desde o início da expansão da energia solar no país, em meados de 2012, já foram R$ 193,4 bilhões em novos investimentos contabilizados pelos cálculos da entidade.

Além dos investimentos, o setor de energia solar também já ajudou o Brasil com a geração de mais de 1,1 milhão de empregos verdes em todos os estados e com a arrecadação para os cofres públicos de mais de R$ 51 bilhões em tributos.

Os dados da ABSOLAR também apontam que a fonte limpa e renovável ainda ajudou a evitar que mais de 46 milhões de toneladas de C02 fossem emitidas na atmosfera nos últimos 12 anos.

Atualmente, a energia solar encontra-se próxima de atingir a marca de 41 GW de capacidade instalada no país, segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Ao todo, o mercado fotovoltaico nacional conta com exatos 27,8 GW provenientes dos sistemas de geração própria de energia e pouco mais de 12,75 GW pelas usinas solares de grande porte (acima de 3 MW).

Avaliação dos números

No entendimento de Ramon Nuche, diretor geral da AE Solar para a América Latina, o setor de energia solar no Brasil tem uma característica importante que ajuda a explicar os números, que seria o de ser impulsionado pelo setor privado.

“A geração distribuída, que compõe hoje cerca de 70% da capacidade instalada de fotovoltaico do país, tem puxado muitos investimentos em desenvolvimento de projetos e construção de usinas e para locação”, disse ele.

Segundo o executivo, a mudança das regras de GD com a Lei 14.300/2022 impulsionou ainda mais esse setor de investimentos, criando um momento de bastante prioridade em novos negócios.

“Isso tem se refletido nos indicadores setoriais do país, apesar do desafio que o setor de varejo encontrou em 2023. Dentro desse cenário, a AE Solar vem colaborando de maneira muito próxima aos desenvolvedores, integradores e epecistas, apoiando nos aspectos financeiro e técnico do negócio, em especial, na aplicação de tecnologias que otimizam o retorno de investimento e garantem a rentabilidade do negócio no longo prazo”, ressaltou Nuche.
Matriz elétrica

Segundo a ABSOLAR, a energia fotovoltaica corresponde hoje de 17,5% da matriz elétrica brasileira, ocupando a segunda posição geral e sendo superada apenas pelas hidrelétricas, com cerca de 48%.

Vale ressaltar, no entanto, que as usinas hídricas estão perdendo cada vez mais espaço na matriz elétrica com o crescimento de outras fontes renováveis, que além da solar, envolvem fontes como eólica e biomassa.

Há exatos três anos, em março de 2021, o percentual de participação das hidrelétricas na matriz elétrica nacional era de 60%, contra apenas 1,7% da energia solar.

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Antigo depósito de carvão terá instalação de fazenda solar para abastecer escolas

A Prefeitura de Criciúma (SC) assinou, nesta terça-feira (13), um contrato para a construção da Fazenda Solar Nikola Tesla, no Parque dos Imigrantes, com o objetivo de abastecer 63 escolas públicas do município. O local terá capacidade para geração de 1 MW de energia por meio da fonte solar.

“Aqui, nesta área, que era um depósito de rejeito de carvão mineral, construímos o Parque dos Imigrantes e, agora, estamos construindo a Fazenda Solar Nikola Tesla, que vai gerar energia para todas as escolas do município”, disse Clésio Salvaro, prefeito da cidade.

Ao todo, serão 2,2 mil módulos fotovoltaicos de 550 W, representando um investimento de R$ 3,5 milhões. A estrutura foi desenvolvida em parceria com a Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense).

A iniciativa faz parte do Programa Criciúma Sustentável, que destina quase R$ 40 milhões para projetos voltados ao desenvolvimento consciente e tecnológico do município. Com o programa, o município busca se tornar uma referência em Smart Cities.

O conceito envolve municípios que investem recursos em inovação e no desenvolvimento de soluções que melhorem a vida de seus habitantes em diversos quesitos, como segurança, abastecimento de água e uso de energias limpas para mitigar os efeitos do aquecimento global.

Em Criciúma, além da construção da Fazenda Solar Nikola Tesla, o programa também já aderiu a aquisição e instalação de iluminação pública com lâmpadas de LED e a substituição de mais de 100 veículos a combustão da frota municipal, composta por aproximadamente 300 automóveis, por veículos elétricos com motores movidos a energia de baterias recarregáveis.

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Financiamentos para projetos de transição energética crescem 62% em 2023

O volume de aportes realizados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em 2023 para financiamentos de projetos de energia renovável no Brasil aumentou 62% na comparação com 2022, segundo levantamento divulgado pela instituição.

Ao longo do ano passado, foram investidos pelo banco mais de R$ 19,6 bilhões no segmento, sendo 51 operações aprovadas com foco em empreendimentos de transição energética.

Tal volume representa cerca de um terço do total de investimentos realizados pelo banco em 2023 em diversos setores da economia, como transportes, logística, saneamento, entre outros.

Neste começo de ano, o BNDES já fechou alguns acordos para o financiamento de novos projetos de energia limpa. Um deles envolve um acordo de R$ 75 milhões com a Comerc Eficiência, empresa do Grupo Comerc Energia e que atua com diagnóstico e oferta de soluções de eficiência energética.
Recorde

O Brasil fechou 2023 com o recorde anual de expansão da geração de energia elétrica. Foram adicionados 10,3 GW de capacidade instalada em todo o território nacional, sendo 87% oriundos de usinas solares.

Na área de transmissão de energia, foram dois leilões realizados no ano para construção de 10.655 km de linhas. Os investimentos totalizam R$ 37,4 bilhões e a expectativa é que sejam gerados 97 mil empregos diretos e indiretos.

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Três em cada quatro indústrias do país têm interesse em energia solar

A energia solar é a fonte renovável que desperta o maior interesse dos empresários brasileiros que atuam no segmento das indústrias. É o que mostra uma pesquisa divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta sexta-feira (24).

De acordo com o estudo, 75% dos entrevistados disseram ter muito ou algum interesse em adotar esse tipo de fonte energética. Em segundo lugar, aparece o hidrogênio verde ou de baixo carbono, com 19% e, em terceiro, a eólica, com 13%.

O levantamento mostra também que 53% das indústrias já têm projetos ou ações voltadas para o uso de fontes renováveis. Nestas empresas, a fonte solar é a que concentra o maior foco de iniciativas (91% das companhias). Biomassa (5%), eólica (3%) e hidrogênio de baixo carbono (1%) respondem pelas demais fontes estudadas.

“O Brasil se encontra na vanguarda da transição energética, com elevada participação de fontes renováveis na matriz energética, e segue em uma trajetória sustentável, ampliando e diversificando, cada vez mais, o uso dessas fontes limpas e renováveis”, afirma Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI.

A pesquisa ouviu 1.004 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande portes em todos os estados do Brasil. O levantamento foi conduzido pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB Holding, entre os dias 3 e 20 de novembro.
Financiamento e tecnologias verdes

De acordo com o estudo da CNI, a necessidade de expansão do número de indústrias que conseguem acessar formas de financiamento para iniciativas sustentáveis é uma das necessidades apontadas pelo setor privado para impulsionar uma economia de baixo carbono, assim como a disseminação de tecnologias verdes.

Do total de entrevistados, 67% demonstraram interesse em acessar linhas de crédito com esse objetivo, mas nem todos concretizaram essa intenção. Apenas 16% buscaram algum incentivo de crédito público para projetos sustentáveis e 6% conseguiram.

O crédito privado se mostrou mais acessível na pesquisa aos empresários: 24% buscaram e 15% conseguiram. Para 62%, o acesso ao financiamento para ações em sustentabilidade é considerado difícil ou muito difícil.
A dificuldade de crédito ou financiamento, inclusive, aparece como a terceira principal barreira para implantar ações de sustentabilidade (apontada por 22%), atrás apenas da falta de incentivo do governo (51%) e falta de cultura de sustentabilidade no mercado consumidor (39%).

Quanto à adoção de novas tecnologias para impulsionar a produção sustentável nas fábricas, 75% têm interesse em linhas de crédito para novas tecnologias verdes. Outros 66% disseram precisar de novas tecnologias de baixo carbono e 59% têm interesse em modernização de maquinário para atingir metas de descarbonização.

Também nesse ponto, a atuação do poder público é considerada insuficiente: 88% acreditam que há falta de incentivo tributário para fazer esse tipo de mudança.
Mercado de carbono

Além dessas medidas, a criação de um mercado regulado de carbono é apontada pelos entrevistados como um avanço necessário na agenda sustentável.

Para 78% dos empresários, a lei que regulamenta a iniciativa, em discussão na Câmara dos Deputados, é considerada importante ou muito importante.

“O mercado regulado de carbono que contemple, por exemplo, a participação da indústria na governança e não considere sanções e penalidade desproporcional, vai contribuir para que o país atinja as metas climáticas”, disse Muniz.

Para ele, a iniciativa precisa ser entendida como uma medida complementar a outras agendas verdes, como a “expansão das energias renováveis, o fortalecimento da política nacional de biocombustíveis e, principalmente, a redução do desmatamento ilegal”, complementou.

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América Latina deve desempenhar papel essencial na transição energética global

Em um momento de crescente incerteza geopolítica e aceleração das transições energéticas, uma extraordinária dotação de recursos energéticos e minerais e um histórico de liderança em energia limpa posicionam a América Latina e o Caribe para desempenhar um papel cada vez mais influente no setor energético global, de acordo com um novo relatório da IEA (Agência Internacional de Energia).

O panorama energético da América Latina e Caribe é a primeira análise profunda e abrangente da Agência sobre a região, abarcando toda a gama de combustíveis e tecnologias de energia em todos os seus 33 países.

O relatório concluiu que a riqueza de recursos e de experiência em desenvolvê-los nessas regiões – desde energias renováveis de alta qualidade até petróleo e gás e minerais críticos – poderiam fazer grandes contribuições para a segurança energética global e para transições para energia limpa junto com os pacotes certos de políticas, além de impulsionar a própria transição e gerar grandes benefícios para as economias locais após uma década de crescimento lento.

De acordo com a IEA, o estudo especial baseia-se em contribuições substanciais de funcionários públicos, especialistas e partes interessadas, somando-se a décadas de trabalho da AIE com a região em questões de energia e clima.

“A América Latina e o Caribe já têm um dos setores de eletricidade mais limpos do mundo, oferecendo perspectivas brilhantes para futuras indústrias de energia limpa. As renováveis, lideradas pela energia hidrelétrica, geram 60% da eletricidade da região, o dobro da média global, enquanto alguns dos melhores recursos eólicos e solares do mundo podem ser encontrados em países como Brasil, México, Chile e Argentina”, apontaram.

O uso de bioenergia é generalizado em toda a região, que é uma grande exportadora de biocombustíveis. Enquanto isso, os países da América Latina e do Caribe detêm cerca de 15% dos recursos globais de petróleo e gás natural.

Além disso, a região é muito importante para a produção de minerais que são componentes essenciais de muitas das tecnologias de energia limpa que estão crescendo rapidamente – detendo cerca de metade das reservas globais de lítio e mais de um terço das reservas de cobre e prata. A geração de eletricidade limpa na região estabelece uma base para a mineração e o processamento sustentáveis desses materiais.

“A América Latina e o Caribe podem desempenhar um papel de destaque na nova economia global de energia. Com recursos naturais incríveis e um compromisso de longa data com as renováveis, os países da região já têm uma vantagem inicial em transições seguras e sustentáveis para a energia limpa”, disse Fatih Birol, diretor executivo da IEA.

“O apoio a essas transições estimularia o crescimento das economias locais e colocaria o sistema energético mundial em uma base mais segura. Nosso relatório mostra que a elaboração de políticas de apoio e a cooperação internacional são essenciais para garantir que a região possa aproveitar ao máximo seu notável potencial energético”, ressaltou.

O novo Outlook revela uma lacuna substancial na implementação de políticas. Dezesseis dos 33 países da região se comprometeram a atingir emissões líquidas zero até meados do século ou antes disso, e a maioria apresentou contribuições nacionalmente determinadas mais ambiciosas vinculadas ao Acordo de Paris de 2015.

No entanto, com as configurações políticas atuais, a IEA relatou que a região deve continuar usando combustíveis fósseis para atender a uma grande parte de suas necessidades energéticas, especialmente para o transporte rodoviário, enquanto o progresso em transições para energia limpa deve permanecer limitado.

Em comparação, o relatório concluiu que, se as promessas anunciadas pelos países forem cumpridas, a América Latina e o Caribe veriam as energias renováveis atenderem a toda a nova demanda de eletricidade nesta década.

Isso permitiria, conforme a pesquisa, que as exportações de petróleo aumentasse em quase 2 milhões de barris por dia até 2030, diversificando o suprimento global e aumentando as receitas.

Recursos renováveis competitivos também impulsionariam a produção de hidrogênio de baixo custo e baixas emissões, que pode ajudar a descarbonizar a indústria pesada e o transporte de carga em âmbito nacional e internacional. A produção de biocombustíveis aumentaria, e no longo prazo as receitas vindas de minerais críticos dobrariam para quase US$ 200 bilhões, superando as dos combustíveis fósseis.
Ações para reduzir as emissões

O relatório identificou quatro ações chave para reduzir as emissões de dióxido de carbono relacionadas à energia: acelerar a adoção de energia renovável, promover a eletrificação da indústria e do transporte, impulsionar a eficiência energética para moderar o crescimento da demanda e aumentar o acesso a soluções limpas. “Notavelmente, a aceleração das energias renováveis é responsável por cobrir 40% da lacuna de emissões entre o que é projetado com base nas configurações políticas atuais e um cenário em que as promessas anunciadas são cumpridas”, enfatizaram.

O investimento na região também precisa crescer substancialmente, de acordo com o estudo. Para cumprir essas promessas, o financiamento de projetos de energia limpa precisa dobrar até 2030 para US$ 150 bilhões e quintuplicar até 2050. Nesse cenário, a proporção de investimento em fontes limpas em relação aos em combustíveis fósseis sem abatimento de emissões sobe de cerca de 1:1 atualmente para 4:1 na década de 2030.

Transições centradas em pessoas também devem se concentrar no provimento de acesso universal à energia moderna a preços acessíveis, de acordo com o relatório, pois 17 milhões de pessoas na região não têm acesso à eletricidade e 74 milhões não têm acesso a energia limpa para cozinhar.

Além de combater as emissões de CO2, os principais produtores da região podem reduzir as emissões de metano das suas operações de petróleo e gás em quase 80% a um baixo custo e em cerca de 40% sem custos líquidos, apoiando o Compromisso Global do Metano que a maioria dos países assinou.

Considerando as promessas anunciadas, as emissões resultantes de mudanças no uso da terra e da agricultura, que atualmente representam metade das emissões de gases de efeito estufa de toda a economia da região, são reduzidas até o final da década, chegando a neutralidade de emissões. Cerca de 85% das florestas da região estão em países que fazem parte do Compromisso de Glasgow, que tem como objetivo acabar com o desmatamento até 2030.

“O relatório especial é um marco em nosso trabalho com os países da América Latina e do Caribe, e esperamos contribuir para uma maior colaboração regional e bilateral inspirada por esta análise, que estabelece um caminho claro para que os países atinjam seus objetivos de energia”, comentou Birol. “A IEA está pronta para apoiar os governos da região à medida que avançam em suas transições para energia limpa, construindo um sistema de energia global mais seguro e mais justo neste processo”, finalizou.

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Governo planeja transição de ex-tarifários por sistema de cotas após reunião entre INEL e MDIC

Após uma reunião realizada nesta sexta-feira (27) entre o INEL (Instituto Nacional de Energia Limpa) e o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), o Governo Federal planeja encaminhar a transição dos ex-tarifários por meio de um sistema de cotas. Durante o encontro, discutiu-se a transição em relação às revogações dos ex-tarifários de módulos fotovoltaicos.

A reunião contou com a participação de representantes do MDIC, incluindo Uallace Moreira Lima, Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços; Margarete Maria Gandini, Diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica – DIAM; Tólio Edeo Ribeiro, Coordenador-Geral das Indústrias de Metalurgia e Celulose do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Insumos e Materiais Intermediários; e Gustavo Tavares da Costa, Assessor da Secretaria de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços – SDIC.

Pelo INEL, estiveram presentes Heber Garlace, Presidente do INEL; Wladimir Janousek, Secretário de Indústria e Comércio; e Renata Reges, Secretária Administrativa.

O INEL já havia apresentado uma proposta para adiar as revogações dos ex-tarifários ainda em uso pelo mercado, e a proposta foi detalhada durante a reunião, destacando as demandas de projetos de geração de energia fotovoltaica até 2025.

Na proposta do INEL, também foram destacados os desafios para o pleno desenvolvimento da indústria de fabricação nacional de módulos, de forma que a cadeia produtiva se capacite e possa ser elegível para fornecer produtos fabricados no Brasil aos projetos de energia solar.

O secretário Moreira informou que o MDIC não deseja criar rupturas e tem avaliado a evolução do tema em várias frentes e que as propostas para fortalecer a indústria e preservar a continuidade do crescimento dos projetos de geração de energia solar são essenciais para a consolidação do setor.

Janousek comentou que a proposta apresentava a relação dos ex-tarifários que estão em uso pelo mercado e que eram o principal objeto do pedido de postergação.

“Após discussões adicionais sobre as dificuldades e oportunidades do segmento solar no país, o MDIC confirmou que deve encaminhar a proposta de transição dos ex-tarifários por meio de um sistema de cotas, com volumes e prazos a serem definidos em coordenação com o Ministério”, informou Janousek.

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