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Brasil já instalou mais de 150 mil sistemas de GD solar em 2023

O Brasil já instalou mais de 150 mil sistemas de energia solar no segmento de micro e minigeração distribuída somente em 2023, apontam dados contabilizados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Trata-se de um volume de unidades que, em menos de três meses, já supera o número de conexões computadas ao longo de todo o ano de 2019, que registrou 123,8 mil instalações entre os meses de janeiro e dezembro.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 1,78 milhão de sistemas fotovoltaicos de geração própria desde 2012 – data em que houve o início da expansão da fonte no país, com a publicação da Resolução Normativa n.º 482.

Atualmente, o número de sistemas instalados entre 1º de janeiro e 20 de março deste ano só não é maior, no momento, que a quantidade de sistemas instalados nos últimos três anos completos: foram 226,4 mil em 2020; 458 mil em 2021 e 768 mil em 2022.

Em todos os demais anos (de janeiro a dezembro), o volume de conexões fotovoltaicas no Brasil foi menor do que neste começo de ano – o que comprova que o mercado de GD solar seguirá aquecido e batendo recordes ao longo deste e dos próximos anos.

Mário Viana, diretor comercial e de marketing da Sou Energy, explica que nos primeiros dois meses do ano as vendas de sistemas de energia solar até tiveram um impacto negativo, porque os vendedores precisaram de alguns dias para entender que “o custo com o Fio B impacta muito pouco a vida de seus clientes”, comentou.

Contudo, destacou que, rapidamente, já no mês de março, os negócios passaram a voltar aos patamares de antes, o que fará com que o setor continue “tendo mercado para muitos e muitos anos”, frisou.
Nº de sistemas de GD solar instalados por ano no Brasil:

2012: 11
2013: 51
2014: 283
2015: 1,3 mil
2016: 6,5 mil
2017: 13,6 mil
2018: 35,6 mil
2019: 123,8 mil
2020: 226,4 mil
2021: 458 mil
2022: 768 mil
2023 (jan/mar): 150,6 mil

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investimentos do setor de energia durante a pandemia

Como ficam os investimentos do setor de energia durante a pandemia?

 

Segundo a Agência Internacional de Energia  a estimativa é que caia em 20% o investimento no setor de energia, sendo um choque econômico mundial em decorrência da pandemia causada pelo Covid-19.

 

Esse fato afeta significativamente o setor de energia. Aquilo que era esperado em investimentos  em 2019, antes da pandemia, vem sendo reavaliado por investidores, uma vez que podem existir alguns riscos, uma vez que gera profundas incertezas e dificuldades financeiras para muitos.

 

Em avaliação feita no ano anterior, onde foram investidos 1,8 trilhões de dólares,esperava-se um aumento de investimento em energia limpa de cerca de 2% em 2020, sendo a maior expansão em seis anos. Todavia, hoje, tem-se o olhar de que o setor de energia emergente tende a ser diferente do anterior. Agora, existem múltiplas vulnerabilidades e implicações a depender do tipo de energia e país de origem.

 

A análise também fornece informações cruciais para governos, investidores e outras partes interessadas sobre novos riscos à segurança e sustentabilidade da energia e o que pode ser feito para mitigá-los.

 

O investimento em energia limpa tem sido relativamente resiliente na desaceleração, mas uma tendência plana de gastos desde 2015 está longe de ser suficiente para trazer uma redução duradoura das emissões

investimentos do setor de energia durante a pandemiaFonte: https://www.iea.org/data-and-statistics/charts/global-investment-in-clean-energy-and-efficiency-and-share-in-total-investment-2015-2020

 

No entanto, a queda no investimento pode não ser proporcional ao choque da demanda, e os prazos associados aos projetos de investimento em energia significam que o impacto dos cortes atuais no fornecimento de energia (ou demanda, no caso de eficiência) será sentido. somente depois de alguns anos, quando o mundo poderá entrar em uma fase pós-recuperação. Como tal, existe o risco de os cortes de hoje levarem a desequilíbrios futuros do mercado, provocando novos ciclos de preços de energia ou volatilidade.

 

Um indicador importante será o capital investido em tecnologias de energia limpa. Isso tem se mantido estável nos últimos anos, em torno de US $ 600 bilhões por ano, embora as reduções de custo unitário tenham significado que isso está associado a um aumento constante na implantação real de algumas tecnologias, como energia solar fotovoltaica (PV), eólica e veículos elétricos (EVs) . Embora esses gastos “limpos” estejam prestes a cair em 2020, sua participação no investimento total em energia deve aumentar.

 

Todavia, esses níveis de investimento permanecem muito aquém do que seria necessário para colocar o mundo em um caminho mais sustentável.

Para além dos impactos econômicos e de saúde, uma grande coisa que podemos aprender com o isolamento social é sobre a necessidade de ter investimentos em fontes limpas e renováveis, de forma que essa crise possa dar luz a uma economia nova e sustentável.

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