Transição energética exigirá mais de US$18 tri em investimentos até 2030, diz BCG
Novo estudo realizado pelo BCG (Boston Consulting Group) mostra que a indústria precisará investir mais de US$ 18 trilhões em infraestrutura industrial e fontes de energia renovável, como eólica e solar, para que as metas para a redução de carbono sejam alcançadas.
De acordo com dados do BCG, as políticas atuais indicam que o aumento da temperatura pode atingir até +2,7°C até 2100. Para limitar o aquecimento global a apenas 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, é necessário acelerar a adoção de energias renováveis e outras soluções de baixo carbono.
“Mais de 775 milhões de pessoas no mundo ainda não têm acesso à eletricidade e, ao mesmo tempo, as sociedades precisam de mais de 20 MWh de energia per capita para alcançar altos índices de prosperidade, que é calculado a partir da riqueza, crescimento econômico, bem-estar e qualidade de vida em um país. Para chegar nesses pontos, precisamos acelerar, o quanto antes, a substituição e a redução do uso dos combustíveis fósseis”, alertou André Pinto, diretor executivo e sócio sênior do BCG.
Além disso, a pesquisa também revelou que dos US$ 37 trilhões necessários para impulsionar a transição energética, empresas e governos se comprometeram a investir US$ 19 trilhões nos próximos sete anos, mas muito deste valor deverá ser direcionado ao desenvolvimento geral do mercado, além de não ser garantido.
A pesquisa também destacou, que até 2030, tecnologias comprovadas, como a eficiência energética; a eletrificação das necessidades finais (como veículos elétricos); a energia solar fotovoltaica e a energia eólica servirão como os principais fundamentos da transição.
“A maioria das ferramentas necessárias já está disponível, agora precisamos de políticas, compartilhamento de casos de sucesso e capacidade para que a transformação ocorra de fato”, disse o executivo.
“Os desafios da transição energética não devem ser subestimados, bem como as oportunidades que ela representa: no longo prazo, um sistema de energia com baixo impacto ambiental pode ser a resposta para problemas de hoje como sustentabilidade, acessibilidade e segurança energética”, finalizou.