Energia solar acumula R$ 12 bilhões em novos investimentos só em 2024
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Energia solar acumula R$ 12 bilhões em novos investimentos só em 2024
Energia solar já soma mais de 40 GW de capacidade instalada no Brasil. Foto: Freepik
A energia solar já trouxe mais de R$ 12 bilhões em novos investimentos para o Brasil somente em 2024, somando as usinas de geração distribuída e centralizada.
Trata-se de um aumento de 50% em relação aos R$ 8 bilhões gerados pela fonte nos três primeiros meses do ano passado, segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Desde o início da expansão da energia solar no país, em meados de 2012, já foram R$ 193,4 bilhões em novos investimentos contabilizados pelos cálculos da entidade.
Além dos investimentos, o setor de energia solar também já ajudou o Brasil com a geração de mais de 1,1 milhão de empregos verdes em todos os estados e com a arrecadação para os cofres públicos de mais de R$ 51 bilhões em tributos.
Os dados da ABSOLAR também apontam que a fonte limpa e renovável ainda ajudou a evitar que mais de 46 milhões de toneladas de C02 fossem emitidas na atmosfera nos últimos 12 anos.
Atualmente, a energia solar encontra-se próxima de atingir a marca de 41 GW de capacidade instalada no país, segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Ao todo, o mercado fotovoltaico nacional conta com exatos 27,8 GW provenientes dos sistemas de geração própria de energia e pouco mais de 12,75 GW pelas usinas solares de grande porte (acima de 3 MW).
Avaliação dos números
No entendimento de Ramon Nuche, diretor geral da AE Solar para a América Latina, o setor de energia solar no Brasil tem uma característica importante que ajuda a explicar os números, que seria o de ser impulsionado pelo setor privado.
“A geração distribuída, que compõe hoje cerca de 70% da capacidade instalada de fotovoltaico do país, tem puxado muitos investimentos em desenvolvimento de projetos e construção de usinas e para locação”, disse ele.
Segundo o executivo, a mudança das regras de GD com a Lei 14.300/2022 impulsionou ainda mais esse setor de investimentos, criando um momento de bastante prioridade em novos negócios.
“Isso tem se refletido nos indicadores setoriais do país, apesar do desafio que o setor de varejo encontrou em 2023. Dentro desse cenário, a AE Solar vem colaborando de maneira muito próxima aos desenvolvedores, integradores e epecistas, apoiando nos aspectos financeiro e técnico do negócio, em especial, na aplicação de tecnologias que otimizam o retorno de investimento e garantem a rentabilidade do negócio no longo prazo”, ressaltou Nuche.
Matriz elétrica
Segundo a ABSOLAR, a energia fotovoltaica corresponde hoje de 17,5% da matriz elétrica brasileira, ocupando a segunda posição geral e sendo superada apenas pelas hidrelétricas, com cerca de 48%.
Vale ressaltar, no entanto, que as usinas hídricas estão perdendo cada vez mais espaço na matriz elétrica com o crescimento de outras fontes renováveis, que além da solar, envolvem fontes como eólica e biomassa.
Há exatos três anos, em março de 2021, o percentual de participação das hidrelétricas na matriz elétrica nacional era de 60%, contra apenas 1,7% da energia solar.