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Geração solar centralizada cresce 56,8% em março

Em março, a geração de eletricidade no SIN (Sistema Interligado Nacional) atingiu 77.221 MWmed (megawatts-médios), marcando um aumento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As hidrelétricas contribuíram com 60.581 MWmed, representando um incremento de 0,9%.

A energia solar centralizada registrou um significativo aumento de 56,8%, totalizando 3.174 MWmed no terceiro mês deste ano, comparado a março de 2023. Os dados são da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

No mesmo período de análise, a produção termelétrica cresceu 9,7%, alcançando 6.214 MWmed, provenientes de diversos combustíveis, incluindo nucleares (1.774 MWmed), gás natural (1.808 MWmed), biomassa (1.441 MWmed), carvão mineral (670 MWmed) e óleo (179 MWmed).

Por outro lado, a geração eólica enfrentou uma queda significativa de 14,7%, chegando a 7.231 MWmed, devido a ventos mais fracos em algumas regiões do país durante o período analisado.
Demanda de energia

Em março de 2024, o consumo de energia elétrica no SIN registrou um aumento de 4,2% (73.690 MWmed), quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

Ao realizar as análises por ambientes de contratação de energia, o Mercado Regulado apresentou aumento de 6,1% (46.736 MWmed) e o Mercado Livre de Energia alta de 1,1% (26.954 MWmed). Houve a migração de 1.494 novas cargas em março.

Na análise regional, com impacto de temperaturas maiores e menor quantidade de chuvas em relação ao mesmo período de 2023 em quase todo o país, as maiores altas ficaram com Acre (21,8%), Amazonas (17,8%), Tocantins (17,7%) e Mato Grosso (12,8%). O Rio Grande do Sul, com um maior volume de chuvas no período, foi o único estado que apresentou queda (-6,2%).

Já nos ramos de atividades, serviços (7,0%), madeira, papel e celulose (6,2%), saneamento (5,0%) e bebidas (3,8%) apresentaram os maiores crescimentos, enquanto veículos (-5,5%), têxteis (-4,7%) e extração de minerais metálicos (-1,4%) registraram as maiores quedas.

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Série documental destaca papel das renováveis na recuperação do planeta

Em 2023, o planeta Terra enfrentou um dos anos mais quentes da história, com temperaturas médias globais que atingiram recordes, e uma das principais causas para esse aumento foi o crescimento contínuo das emissões de gases de efeito estufa – incluindo o dióxido de carbono, que aumentou em 1,1% no último ano, alcançando um total de 37,4 bilhões de toneladas de emissão.

É nesse cenário que foi lançada, recentemente, na plataforma de streaming PlayPlus, a série documental “Expedição Solar”, uma produção da Studio Motion Filmes que aborda iniciativas de sete países (Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Emirados Árabes, China, Japão e Austrália) em prol de iniciativas voltadas à transição energética.

A produção, que é dividida em sete episódios, traz um olhar apurado para o uso de fontes renováveis no combate às mudanças climáticas e mostra como cada uma das regiões visitadas têm abordado esse tópico, deixando de lado o uso de combustíveis fósseis para a adoção de fontes alternativas.

No primeiro episódio “Brasil: Terra do Sol e do Vento” é possível acompanhar de perto a aplicação da energia fotovoltaica na prática. Ramon Nuche, diretor-geral da AE Solar para a América Latina, participa do documentário mostrando alguns cases de uso da fonte solar em setores variados como o automotivo, o industrial e até no turismo.

“Estamos vivendo um momento de virada na forma de consumo energético no Brasil e no mundo. Diante disso, produções que ajudem a levar adiante informação relevante sobre essa transição – como é o caso da série Expedição Solar – são de extrema importância para que cada vez mais pessoas se tornem adeptas do uso de fontes renováveis”, destacou.

“A série ilustra perfeitamente os benefícios da geração distribuída para diversos setores. Além de contribuir com a preservação do planeta, é importante entender que a adoção do modelo descentralizado de energia promove o acesso, levando luz a áreas remotas, economia, geração de empregos, e ainda permite investimento em outras frentes da indústria”, ressaltou Nuche.

Segundo Ricardo Honório, produtor e documentarista da série, embora as perspectivas locais sejam boas, ainda há um longo caminho a ser percorrido para a transição energética total.

“Nós realizamos essa primeira temporada como um convite à exploração das possibilidades e desafios que permeiam a busca por um futuro sustentável. Está claro que a troca de perspectiva em relação ao consumo de energia é um caminho sem volta, essencial para reverter a atual instabilidade climática que ameaça as bases de nossa existência”, completou.

Além do Brasil, a partir de maio, a primeira temporada da série documental “Expedição Solar” estará disponível nos principais serviços de streaming, em 63 países, podendo ser encontrada em plataformas como Apple TV, Amazon Prime e Google Play.

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Impacto do corte da taxa Selic no crescimento do setor de energia solar no Brasil

A taxa Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central do Brasil para controlar a inflação e estabilizar a economia.

A Selic é a taxa de referência para as operações de empréstimos e financiamentos de curto prazo, influenciando todas as outras taxas de juros do país, incluindo empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários e investimentos.

O papel da Selic na economia é multifacetado, influenciando diretamente a atividade econômica, o controle da inflação, o fluxo de capital estrangeiro e a cotação do real frente a outras moedas. Vamos analisar os principais aspectos de sua importância.
Controle da inflação

O Banco Central ajusta a taxa Selic para controlar a inflação. Quando a inflação está alta, o BCB pode aumentar a Selic para desencorajar o consumo e o crédito, esfriando a economia e, consequentemente, reduzindo a inflação. Inversamente, se a economia precisa ser estimulada, o BCB pode reduzir a Selic para incentivar o consumo e o investimento.
Influência nas taxas de juros

A Selic serve como referência para todas as outras taxas de juros no Brasil. Uma alteração na Selic leva a mudanças nas taxas de juros de empréstimos, financiamentos e investimentos, afetando o custo do crédito para consumidores e empresas.
Atratividade para o capital estrangeiro

A taxa Selic também afeta o fluxo de investimentos estrangeiros. Taxas mais altas podem atrair capital estrangeiro em busca de melhores rendimentos em investimentos de renda fixa, fortalecendo o real. Por outro lado, cortes na Selic podem reduzir essa atratividade, impactando o câmbio.
Crescimento econômico

Uma taxa Selic adequada é crucial para o equilíbrio entre estimular o crescimento econômico sem acelerar a inflação. Taxas mais baixas tendem a favorecer o crescimento, pois reduzem o custo do crédito, estimulando investimentos e consumo.

Você pode observar que estes aspectos acabam influenciando o segmento solar de diferentes maneiras, por um lado a influência nas taxas de juros fazem com que o financiamento solar se torne mais atrativo para consumidor e o investimento na energia solar mais interessante do que deixar o dinheiro na renda fixa.

Por outro lado, o Brasil passa a ter uma atratividade para o capital estrangeiro menor, o que pode fazer o real se desvalorizar tornando o custo dos equipamentos mais alto para os investidores.

Naturalmente, a intensidade em que estes efeitos ocorrem é que definem se a redução da taxa terá um impacto positivo ou negativo no setor solar.
As alavancas de crescimento do setor solar no Brasil

Segundo a ABSOLAR, em 2024, a energia solar no Brasil está projetada para alcançar uma potência instalada de mais de 45,5 GW. Isso representa um aumento significativo em relação à capacidade atual, que é de 36,1 GW.

A expansão planejada de 9,3 GW em 2024 é um reflexo do crescimento contínuo do setor no país. Desse total, espera-se que 31 GW venham da geração distribuída e 14,4 GW restantes deverão ser gerados por grandes usinas solares.

As alavancas que impulsionam este crescimento na minha visão, são o valor do investimento, a taxa de financiamento, e o benefício econômico, ou seja, o crescimento da tarifa tende a incentivar a decisão do cliente.

Os números previstos da GC (geração centralizada) refletem as condições do passado uma vez que estes projetos demoram mais para serem desenvolvidos e construídos.

Posso afirmar que a grande maioria dos projetos são viabilizados através de financiamentos, mas o que tem hoje afetado mais fortemente a viabilidade dos projetos, são os baixos preços de energia no mercado livre.
Tendência da Selic para o Brasil

A tendência atual da taxa de juros no Brasil para 2024 aponta para uma redução, com expectativas de queda da Selic para 9%. Essa movimentação interna pode ser influenciada pela política monetária dos Estados Unidos, onde as taxas de juros, mantidas entre 5,25% e 5,5%, podem começar a cair a partir de março de 2024.

Uma diminuição nas taxas americanas poderia aliviar pressões sobre mercados emergentes, como o Brasil, potencialmente facilitando um ambiente para cortes adicionais na Selic, conforme as condições econômicas permitirem.

A taxa de juros americana tem sido o principal motivo para não observamos uma queda mais acentuada no Brasil, dado que aparentemente a inflação tem se mostrado controlada desde 2023.
Redução nas taxas dos EUA poderia aliviar pressões sobre mercados emergentes, como o Brasil

Por isso, a atratividade para capital estrangeiro tem sido o principal elemento para a decisão de uma redução da taxa menos acelerada, por isso em 2024 temos que observar o comportamento do mercado americano.
Conclusão

A redução da Taxa Selic abre um horizonte promissor para o setor de energia solar no Brasil, ao tornar o financiamento mais acessível e estimular investimentos nesse segmento em ascensão.

No entanto, a dinâmica entre as políticas monetárias domésticas e o cenário econômico global, particularmente a taxa de juros americana, mostra a complexidade das estratégias da política monetária e os impactos multifacetados sobre o setor de energia solar.

Diante deste contexto, precisamos de uma estratégia abrangente que não apenas reconheça as oportunidades internas, mas também se antecipe às volatilidades externas. Isso implica em uma coordenação mais estreita entre as políticas monetárias e energéticas, visando não só aproveitar o momento atual, mas também fortalecer as bases para um crescimento sustentável e resiliente do setor de energia solar.

Uma abordagem que equilibre prudência econômica com incentivos estratégicos, o Brasil pode consolidar sua posição como líder na transição energética, promovendo não apenas a expansão da energia solar, mas também contribuindo para a sustentabilidade ambiental e a estabilidade econômica a longo prazo.
Segundo estudo da Greener, 48% dos projetos em geração distribuída no primeiro semestre de 2023 contrataram algum tipo de financiamento, isto mostra como esta alavanca é importante para o crescimento da geração distribuída e uma redução na taxa de juros certamente deve impulsionar este crescimento.

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Brasil terá 90% da adição de solar distribuída na América Latina até 2028

O Brasil representará 90% de um total de 50 GW de energia solar distribuída previstos para serem instalados na América Latina até 2028. A expectativa é que o país adicione em média 7 GW por ano entre 2023 e 2028. As informações são de um estudo divulgado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

Segundo a IEA, o generoso sistema de compensação de energia brasileiro levou a um boom de crescimento da energia solar distribuída, com o país adicionando mais de 15 GW desde 2015.

No entanto, desde janeiro de 2023 houve uma mudança no sistema de medição líquida, que passou a cobrar dos consumidores o pagamento gradual pelo uso da rede das distribuidoras.

“Embora em muitos mercados mudanças drásticas nas políticas ou nas compensações muitas vezes levem a declínios dramáticos na nova capacidade, espera-se que o setor solar fotovoltaico distribuído do Brasil permaneça forte, com adições médias de mais de 7 GW por ano até 2028”, diz o relatório.

Para a Agência, esse cenário é reforçado em razão do crescimento acentuado das tarifas de energia no Brasil combinado com a redução dos custos dos sistemas fotovoltaicos no país.

“Assim, a combinação destes fatores significa que o período de retorno dos sistemas residenciais aumentou apenas moderadamente, de uma média de pouco menos de 5 anos para cerca de 5,6 anos, ajudando a impulsionar o crescimento.”
Contratos bilaterais puxam a expansão da geração centralizada

Segundo o estudo, a América Latina acrescentará mais de 165 GW de capacidade instalada de energia renovável entre 2023 e 2028, liderada pela energia solar e seguida pela energia eólica. Quatro mercados representam 90% das adições da região: Brasil (108 GW), Chile (25 GW), México (10 GW) e Argentina (4 GW).

A IEA destaca que os leilões promovidos por governos não são mais os principais responsáveis pela expansão das fontes solar e eólica de grande porte, sobretudo nesses quatro países.

“No Brasil, acordos bilaterais no mercado livre permitem mais de 85% das adições de energia solar fotovoltaica e eólica em escala de serviço público no período de previsão. Na Argentina, até 80% das adições são provenientes de PPAs (Power Purchase Agreement) corporativos, enquanto a maioria das adições no Chile é por meio de PPAs corporativos ou projetos comerciais.”

Na visão da agência, as empresas que buscam energia renovável estão focadas em ter maior certeza sobre os preços, bem como visam alcançar objetivos de descarbonização de suas atividades, com foco na agenda ESG.

“Embora os leilões já não sejam o principal motor de crescimento no Brasil e no Chile, o aumento da procura e o ajuste dos preços poderão levar a uma maior participação, acelerando a expansão em ambos os países. Na Argentina, os desafios macroeconômicos dificultam o crescimento.”

A IEA também destaca a importância da expansão dos sistemas de transmissão e da implantação de tecnologias de armazenamento de energia para apoiarem o crescimento das fontes renováveis.

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Usina solar fornecerá energia para três terminais de ônibus em São Paulo

A ViaMobilidade, operadora da Linha 5-Lilás do metrô de São Paulo, iniciou a operação de uma usina solar instalada no telhado do terminal Guido Caloi, anexo à estação Santo Amaro. Ocupando um espaço de 300 metros quadrados, os 196 painéis fotovoltaicos têm capacidade de gerar até 11 megawatts-hora (MWh).

Segundo a companhia, a usina fornecerá eletricidade para os sistemas de iluminação do terminal, tomadas, painéis de informação, entre outros. Além disso, parte da energia gerada será compartilhada com os terminais Campo Limpo e Capão Redondo, localizados na zona sul de São Paulo.

O projeto foi desenvolvido com o objetivo de promover o uso racional de energia elétrica e contribuir com ações de sustentabilidade. O valor do investimento não foi divulgado.
Projetos de uso de energia solar no sistema metroferroviário são uma aposta na redução do consumo e do custo de operação. O Metrô e a CPTM possuem estudos de implantação de plantas geradoras de energia em algumas estações.

Na linha 9-Esmeralda, também operada pela ViaMobilidade, as estações Cidade Jardim e Vila Olímpia contam com painéis solares que auxiliam na alimentação elétrica.

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Brasil registra recorde de expansão da energia solar em 2023

Mais de 88% da capacidade instalada na matriz elétrica brasileira neste ano têm origem nas fontes solar e eólica. De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), de janeiro até agora, a expansão da capacidade instalada da matriz elétrica foi de 7 GW, sendo que 6,2 GW foram solar (3 GW) e eólica (3,2 GW).

Este é o maior incremento da capacidade de geração solar centralizada da história no Brasil. Em 2022, por exemplo, o acréscimo no ano todo foi de 2,5 GW, inferior aos 3 GW registrados até o momento.
Energias renováveis

Ainda de acordo com a Agência, já são 18 mil painéis solares instalados em território nacional, capazes de produzir uma potência de 10,3 GW.

Importante frisar que este montante não considera a micro e minigeração distribuída – sistemas instalados nas residências, comércios, fábricas ou pequenas plantas conectadas diretamente na rede das concessionárias de distribuição.

Referente às outras fontes de energia renováveis, o SIN (Sistema Interligado Nacional) registra a presença de 954 turbinas eólicas, que representam 10,3 GW em valores nominais.

O potencial hidráulico do país também é amplamente conhecido. As 1.351 usinas hidrelétricas atualmente representam 56,17% da capacidade, com uma potência de 109,8 GW. Além disso, a biomassa é uma das fontes utilizadas pelo Brasil e responde por 16,7 GW, em 634 plantas.
Investimentos para energias renováveis

Conforme informado pelo Canal Solar, o setor de geração de energia deve ser impulsionado pelo novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Ao todo, serão R$ 73,1 bilhões de investimentos em projetos de geração de energia, sendo R$ 64,8 bilhões destinados às fontes renováveis de energia.

As usinas de energia fotovoltaica responderão por 8,5 GW, mais da metade da geração de energia prevista pelo novo PAC. O valor de investimento previsto para essa modalidade é de R$ 41,5 bilhões.

A geração de energia eólica receberá R$ 22 bilhões, com 120 projetos. Os ventos serão responsáveis por acrescentar 5,2 GW ao sistema elétrico. Estão confirmadas novas 20 pequenas centrais hidrelétricas a um custo de R$ 1,3 bilhão.

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Brasil foi o 4º país que mais acrescentou energia solar no mundo em 2022

O Brasil foi o 4º país que mais acrescentou energia solar no mundo em 2022, com 9,9 GW de potência, segundo levantamento divulgado pela IEA (Agência Internacional de Energia).

Em todo o mundo, a fonte fotovoltaica cresceu 240 GW ao longo do ano passado, atingindo a marca dos 1,2 TW de capacidade global acumulada. Conforme o esperado, a China ficou em primeiro lugar, com acréscimo de 106 GW no período.

O resultado foi mais do que o dobro da potência obtida pelos 27 países que compõem a União Europeia – que juntos acumularam 39 GW de potência instalada, com liderança da Espanha (8,1 GW), Alemanha (7,5 GW), Polônia (4,9 GW) e Holanda (3,9 GW).

Já o mercado norte-americano contabilizou um acréscimo de 18,6 GW de potência solar instalada em 2022, enquanto que o indiano ficou logo atrás, com 18,1 GW. No Brasil, o recorde de 9,9 GW representou quase o dobro do resultado registrado pelo país em 2021.

Conforme a análise da IEA, a alta nos preços das tarifas de energia em vários países do mundo, sobretudo no Brasil e na Europa, reforçaram ainda mais a competitividade da energia solar, com iniciativas e interesse da sociedade para acelerar o uso da fonte.

Outro levantamento global sobre energia solar

Além do levantamento divulgado pela IEA, o Brasil subiu seis posições no ranking da IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável) publicado em março deste ano.

Neste outro estudo, o Brasil encerrou 2022 na 8ª colocação do ranking mundial de capacidade operacional de energia solar, com mais de 24 GW acrescidos desde o inicio da expansão da fonte no mundo.

Essa foi a primeira vez que o país figurou entre os dez primeiros colocados do levantamento, sendo o que mais ganhou posições no ranking na comparação com o anterior, quando terminou na 14ª colocação geral em 2021.

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Mercado recebe minuta da ANEEL sobre Lei 14.300 com apreensão

A minuta publicada pela ANEEL publicada na quinta-feira (26) tem sido debatida entre profissionais do mercado de GD (geração distribuída) desde a sua divulgação.

Tal minuta, que tem por objetivo regulamentar as alterações impostas pela Lei 14.300, propõe alterações na Resolução Normativa nº 1000/2022 e ainda revoga as Resoluções Normativas 482/2012, 687/2015 e 786/2017, conhecidamente relacionadas aos micro e minigeradores distribuídos (GD).

O documento revoga ainda a Resolução 517/2012, o Despacho n° 720/2014 e os Anexos 3.A, 3.B e 3.C do Anexo III da Resolução Normativa nº 956/2021, que tratam do PRODIST.

E desde então, o mercado de micro e minigeração distribuída está analisando os documentos divulgados pela Agência. Entre os pontos que chamam a atenção, segundo fontes ouvidas pelo Canal Solar, é a TUSDg.

Neste sentido, a minuta da ANEEL propõe que as unidades de microgeração enquadradas no Grupo B passem a pagar pela TUSDg. Hoje, esta cobrança é feita somente para o Grupo A.

O que chamou ainda mais atenção, é que esta mudança impactaria os consumidores de Baixa Tensão que já estão com seus sistemas operando desde antes da Lei.

Esta possibilidade levantada pela minuta da ANEEL preocupa consumidores que já possuem energia solar instalada, uma vez que não consideraram essa cobrança ao realizar e estruturar os seus projetos de microgeração. Caso essa proposição da Agência se mantenha, surge a dúvida se pode acabar gerando judicialização.

Outro destaque é a respeito do prazo de entrada em operação de um sistema de micro e minigeração versus o prazo de execução de eventuais obras.

De acordo com a Lei 14.300, quem protocolou o projeto dentro do período das regras de compensação anteriores à Lei, ou seja, antes do dia 6 de janeiro deste ano, terá um prazo para iniciar a operação e se manter dentro das regras antigas (que são mais atrativas).

Este prazo para a entrada em operação, contados da data de emissão do parecer de acesso, é de 120 dias para microgeradores distribuídos, independentemente da fonte, 12 meses para minigeradores de fonte solar e 30 meses para minigeradores das demais fontes.

Acontece que existem casos em que a distribuidora informa que há necessidade de obras na rede elétrica para que a conexão da geração seja possível. E, segundo relatos de profissionais do setor, este prazo tem sido superior ao prazo que a unidade consumidora tem para iniciar a sua operação (conforme descrito no parágrafo anterior).

Ou seja, o consumidor teria a entrada em operação de seu projeto após o prazo que o garante nas regras anteriores à entrada da Lei 14.300. O receio que surge é se o direito adquirido será perdido.

O Canal Solar está acompanhando os debates sobre o tema e trará mais análises sobre o tema em breve.
Próximos passos

O documento divulgado pela Agência é uma minuta, o que significa que para se tornar oficial e se tornar a nova resolução normativa para a micro e minigeração distribuída precisa ser discutida e aprovada pela ANEEL.

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