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Municípios afetados pela tragédia em Brumadinho receberão usinas FV

O governo de Minas Gerais anunciou, nesta semana, que sete municípios atingidos pelo rompimento da Vale em Brumadinho vão receber 52 usinas fotovoltaicas para geração de energia.

Em outra iniciativa, afirmaram que agricultores da cidade começaram a receber os módulos fotovoltaicos para o funcionamento de miniusinas nas propriedades rurais atendidas no Programa de Fomento Agro.

O projeto será executado pela mineradora em Biquinhas (3), Caetanópolis (6), Felixlândia (1), Florestal (1), Maravilhas (21), Pequi (11) e São José da Varginha (9).

De acordo com o Órgão, as plantas têm como principal objetivo reduzir os gastos municipais com energia elétrica, permitindo assim o direcionamento dos recursos para áreas prioritárias como saúde, educação e assistência social. Em Maravilhas, o projeto ainda vai destinar usinas solares a agricultores familiares selecionados pela cidade.

“Essas iniciativas foram definidas e detalhadas de forma conjunta com os municípios atingidos, que conhecem e acompanham todas as etapas, custos e cronogramas”, disse o governo.

Toda a execução realizada pela Vale é monitorada pela auditoria da FGV (Fundação Getúlio Vargas), sob fiscalização dos compromitentes do Termo de Reparação – Governo de Minas, MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), MPF (Ministério Público Federal) e DPMG (Defensoria Pública de Minas Gerais).

Serão construídas 50 novas usinas, e outras duas já existentes serão adquiridas – uma em Felixlândia e uma em Florestal. Todas serão repassadas às respectivas prefeituras. “São estruturas de diversas capacidades de geração, montadas em locais estratégicos nos municípios”, ressaltaram.

Os prazos para as entregas são variados conforme a dimensão e complexidade das estruturas e vão de dez meses a um ano e três meses. O custo estimado para viabilizar as 52 usinas é de R$ 26,5 milhões. Os projetos foram definidos após a Consulta Popular realizada nos 26 municípios atingidos.

O recurso é referente ao Anexo I.3 do Acordo de Reparação aos danos provocados pelo rompimento da Vale, em Brumadinho, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, que tirou a vida de 272 pessoas e provocou uma série de danos ambientais, econômicos e sociais.
Solar para produtores de Brumadinho

Agricultores de Brumadinho atendidos dentro do Programa de Fomento Agro começaram a receber placas para a instalação de usinas solares. Ao todo, estão previstas a entrega de 41 painéis.

De acordo com a Pasta, as duas primeiras foram instaladas entre dezembro e janeiro. Conforme cronograma, a Vale tem até junho deste ano para concluir as instalações. O investimento previsto para viabilizar esta ação é de R$ 1.434.127,01.
Usinas nos municípios

Biquinhas
Valor: R$ 946.546,16.
Objeto: fornecimento e instalação de três usinas fotovoltaicas de microgeração distribuída.
Previsão de conclusão: o cronograma apresenta duração total de 11 meses.

Caetanópolis
Valor: R$ 2.374.214,80.
Objeto: fornecimento e instalação de seis usinas fotovoltaicas de microgeração distribuída.
Previsão de conclusão: o cronograma apresenta duração total de um ano e um mês.

Felixlândia
Valor: R$ 7.762.802,49.
Objeto: aquisição de uma usina fotovoltaica de minigeração distribuída, já construída e em operação, que possua uma potência instalada aproximada de 887 kW.
Previsão de conclusão: dez meses.

Florestal
Valor: R$ 4.600.695,77.
Objeto: aquisição de uma usina fotovoltaica de minigeração distribuída, já construída e em operação, com potência aproximada de 517 kW de capacidade instalada.
Previsão de conclusão: dez meses.

Maravilhas
Valor: R$ 3.682.350,62.
Objeto: fornecimento e instalação de 21 (vinte e uma) usinas fotovoltaicas de microgeração distribuída.
Informação complementar: 12 destas usinas serão destinadas a agricultores familiares selecionados pelo município.
Previsão de conclusão: 14 meses

Pequi
Valor: R$ 4.086.346,78.
Objeto: Fornecimento e instalação de 11 usinas fotovoltaicas de microgeração distribuída.
Previsão de conclusão: 12 meses.

São José da Varginha
Valor: R$ 3.076.347,48.
Objeto: fornecimento e instalação de nove usinas fotovoltaicas de microgeração distribuída.
Previsão de conclusão: 14 meses.

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Falta de manutenção preventiva no sistema fotovoltaico pode reduzir eficiência da geração de energia em até 50%

Por gerar uma energia limpa e renovável, o sistema solar fotovoltaico pode reduzir o valor da sua conta em até 95%. No entanto, assim como todo equipamento, o sistema fotovoltaico demanda uma rotina de manutenção preventiva que, quando não realizada corretamente, pode reduzir a eficiência da geração de energia elétrica em até 50%.
É importante prestar atenção nos seguintes aspectos:

1. Manutenção na rede elétrica
É necessário fazer uma avaliação termográfica dos elementos do sistema elétrico, que podem sofrer com falhas provocadas pelo afrouxamento nos bornes de conexão dos cabos até defeitos internos nos componentes, como disjuntores e transformadores.

Estes problemas de aquecimento podem ocasionar perdas de geração de energia, impactando em menor economia, muitas vezes só percebida pelo cliente depois de vários meses pagando valores elevados.

Além de manter a produtividade do sistema, a manutenção da rede elétrica evita riscos mais graves ao patrimônio, como a queima de cabos, disjuntores e equipamentos, podendo levar a situações de incêndio se as ações corretivas não forem tomadas a tempo.

2. Manutenção nos módulos fotovoltaicos
Por serem os primeiros elementos na captação e conversão da energia do sol em energia elétrica, os módulos fotovoltaicos requerem manutenção em dois aspectos principais:

* Inspeção visual: apesar de muito resistentes e projetados para suportar chuvas de granizo e grandes acúmulos de neve nas instalações no hemisfério norte, os módulos fotovoltaicos estão sujeitos a vandalismo.

*Limpeza periódica: ajuda a eliminar poeira e sujeiras de pássaros sobre os módulos, o que faz com que a produção de energia seja diminuída, provocando menor economia à medida que o tempo passa. Detalhes como a inclinação natural do telhado influenciam na periodicidade desta demanda de limpeza.

Se imaginarmos que a superfície de vidro é como uma janela pela qual os raios de sol atravessam para atingir as células fotoelétricas azuladas que ficam protegidas no lado interno dos módulos, é possível entender que a conta ficará mais cara quanto mais tempo os módulos permanecerem sujos.

*Pontos quentes: além das sujeiras superficiais, os módulos fotovoltaicos podem sofrer danos internos nas suas ligações elétricas e/ou nas células semicondutoras de silício, as quais podem registrar falhas tardias provocadas por impactos mecânicos (pisoteio ou colocação de peso excessivo sobre as mesas) ou por questões naturais (como quedas de raios em descargas atmosféricas que podem provocar micro-fissuras invisíveis a olho nu).
Estes problemas podem ser identificados por pontos quentes através de um processo semelhante ao da termografia para as partes elétricas da instalação.

3.Perdas econômicas
A vida útil do sistema fotovoltaico vai de 25 a 30 anos. A frequência de manutenção varia de acordo com o ambiente, a potência, as características do equipamento e o grau de exposição a intempéries, porém, o indicado é realizá-la uma vez por ano.

A falta de limpeza pode provocar uma redução média de ⅗ do potencial de geração de energia anual após o primeiro ano. Embora alguns clientes optem por fazer a limpeza sozinhos e contratar apenas o serviço da rede elétrica, o ideal é que a manutenção seja realizada por empresas especializadas, que possuem equipes treinadas para subir em telhados, o que é mais seguro para todos.

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Empresa de lazer tem economia de R$ 50 mil nos primeiros 6 meses com solar

A WNI Smart Energy anunciou a ativação da primeira usina solar da GM Fibras, empresa do segmento de lazer, localizada em São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba.

A planta, que iniciou operação em julho de 2022, completou seis meses de funcionamento e tem capacidade para gerar 100 MWh por ano. Nesse período, a geração acumulada foi de 58.993 kWh, o que proporcionou uma economia de quase R$ 50 mil.

No total, foram utilizados 142 módulos de 530 Wp, que ocupam uma área de 450 m². A companhia espera obter todo o retorno do investimento em até 3,5 anos (considerando o valor do kWh R$ 0,80).

De acordo com o cálculo de compensação ambiental da Ludfor, o sistema evitará a emissão de cerca de 12,5 toneladas de CO2 ao ano, equivalente a 1264 mudas de árvores conservadas por 25 anos.

Para João Carlos Miranda, CEO da GM Fibra, o objetivo de todo empreendedor é conseguir economizar ao máximo com seus gastos fixos mensais para poder investir mais no próprio negócio.

“Sabemos que o alto consumo de energia das fábricas faz com que a solar para indústrias ganhe mais importância a cada dia. Essa fonte renovável, além de reduzir substancialmente os custos com as contas de luz, diminui sensivelmente o impacto ambiental, e isso influencia diretamente no funcionamento e na manutenção das fábricas, quando se trata de economia”, destacou.

“Estamos transformando a GM Fibras em uma empresa mais ecoeficiente. Instalamos um sistema de energia solar fotovoltaica de 75 kWp para suprir o consumo energético de toda a fábrica”, acrescentou Nóbile Scandelari Jr, CEO da WNI.

Segundo a WNI Smart Energy, responsável por fornecer a estrutura e colocar em operação a planta instalada no telhado de toda a fábrica, esta será a maior usina entre empresas do setor de industrialização de artefatos em fibra-de-vidro do Paraná.

A empresa já opera na construção de mais 15 usinas solares fotovoltaicas que deverão entrar em operação no 1º trimestre de 2023 nos estados do Paraná e Santa Catarina.

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Boas práticas para instalações de sistemas fotovoltaicos

O sucesso da instalação de uma usina fotovoltaica é resultado de uma série de procedimentos que dependem de cuidados, conhecimentos e habilidades dos profissionais envolvidos, em geral projetistas e instaladores.

Abaixo, destacamos alguns dos itens obrigatórios para a correta instalação de usinas fotovoltaicas:

-Aterramento e equipotencialização: para o aterramento do sistema, os painéis devem estar equipotencializados. Caso já exista SPDA no local de instalação, deve ser providenciada nova análise do sistema, readequando-o para que não haja incidência direta de raios nos painéis.

-Estrutura: deve-se avaliar se existem sinais de corrosão, como ferrugem ou trincas, na estrutura ou telhado que irá sustentar os fixadores e painéis. A utilização de fixadores compostos por materiais anticorrosivos, como alumínio e aço inox, é fundamental. Recomendamos certificar-se de que o fabricante de estruturas realiza os devidos cálculos numéricos e testes para garantir que a estrutura resista às solicitações mecânicas de compressão e arrancamento dos painéis devido à ação do vento na região onde o sistema será instalado, conforme NBR 6123, que atualmente é a norma que baliza os produtos do mercado de estruturas para painéis fotovoltaicos.

-Cuidados ao realizar trabalho em altura: os profissionais que participam da instalação do sistema em telhados ou alturas superiores a 2 metros devem, obrigatoriamente, ser habilitados na NR 35, que dispõe de diversos procedimentos a serem realizados em trabalhos em altura, destacando aqui: uso correto de EPIs como o uso de cinto paraquedista com talabarte e capacete com jugular, correta ancoragem do profissional, e utilização de cinto porta-ferramentas ou outra forma de amarração das ferramentas ao instalador ou estrutura.

Existem outros itens fundamentais, como o correto dimensionamento, atendimento às normas relativas às instalações elétricas, através de mão-de-obra especializada.

Integradores que atendem com excelência os aspectos abordados acima certamente irão gerar mais valor a seus clientes, através de eficiência e qualidade em seus projetos e execução. Assim sendo, fica evidente a necessidade de sólido conhecimento técnico e necessidade de parceiros que contribuam para esse padrão de excelência.

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Ano Novo se inicia com bandeira tarifária verde em janeiro, diz ANEEL

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) confirmou, na última sexta-feira (30), que será verde a bandeira tarifária para o mês de janeiro de 2023 – não havendo, assim, custos adicionais na conta de luz devido às boas condições para gerar energia.

“Temos trabalhado para garantir tarifas de energia cada vez mais justas, o que inclui melhorias contínuas na metodologia das bandeiras e reduções estruturais nos custos, como a que aprovamos no dia 29”, explicou Sandoval Feitosa, diretor-geral da ANEEL.

Feitosa referiu-se à redução de 34,5% no custo da energia gerada pela usina hidrelétrica de Itaipu e que será contemplada no cálculo das tarifas, realizado anualmente pela Agência.

Considerando que o valor da tarifa de repasse de Itaipu é homologada em dólares americanos, poderá haver oscilação das tarifas homologadas para as distribuidoras cotistas de Itaipu em função da variação entre o dólar considerado na cobertura tarifária das distribuidoras e o dólar a ser realizado ao longo de 2023.

Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a UHE Itaipu atende 11,3% da demanda do mercado brasileiro e 88,1% do mercado paraguaio.

A usina hidrelétrica foi construída a partir de Tratado Internacional celebrado entre a República Federativa do Brasil e a República do Paraguai em 26 de abril de 1973, tendo como finalidade realizar o aproveitamento hidrelétrico dos recursos hídricos do rio Paraná, pertencentes em condomínio aos dois países.​
Bandeira verde na conta de luz

De acordo com a ANEEL, com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e as condições de geração das usinas hidrelétricas, as quais possuem um custo mais baixo. “Dessa forma, não é necessário acionar empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”.

Lançado pelo Órgão em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma importante ferramenta de transparência que permite aos consumidores acompanhar, mês a mês, as condições de geração de energia no país.

Antes, esse custo era atualizado de uma única vez ao ano e os consumidores só conheciam depois, nos reajustes anuais das tarifas de cada distribuidora. Agora, as bandeiras sinalizam com antecedência o custo real da energia e permitem ao consumidor se programar e ter um consumo mais consciente.

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ANEEL publica NT sobre faturamento de energia, conforme Lei 14.300

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) publicou, no fim da noite da última quinta-feira (22), uma nota técnica sobre como deverá ser o faturamento dos créditos de energia durante o período de transição estipulado na Lei 14.300.

No documento apresentado, o órgão regulador menciona que a tarifa a ser aplicada ao sistema de compensação seguirá as seguintes diretrizes:

-A divulgação do valor deve ser de fácil entendimento pelo consumidor;
-Os valores devem estar disponíveis para consulta no site da ANEEL, seja no ato administrativo, planilha ou relatórios;
-O valor deve ser, no contorno do possível, de fácil aplicação no faturamento pela distribuidora;
-Deve-se ao buscar a adequada padronização que possa ser aplicada a todas as distribuidoras, no contexto do processo tarifário;
-Deve-se considerar uma solução que atenda a necessidade do fluxo de dados pela distribuidora para a ANEEL, visando subsidiar os diversos subprocessos tarifários (definição da receita, apuração dos subsídios tarifários, declaração do mercado);
-A divulgação extraordinária inicial deve ser a mesma da solução definitiva aplicada nos processos tarifários a partir de 2023.

Segundo ele, um ponto que frustrou os consumidores foi a “falta de coerência da Agência” ao não dar os seis meses para os consumidores, uma vez que, segundo ele, houve atraso por parte da agência na regulamentação da lei, bem como cumprimento até hoje pelas concessionárias do serviço público de energia.

“Um ponto importante foi o reconhecimento da Agência que sistema até 500 kW de potência são de pequeno porte, e sistemas maiores são categorizados como grande porte, isso abre espaço para o debate sobre o incentivo aos sistemas de pequeno porte geralmente instalados para consumo próprio da energia, diferente dos sistemas de grande porte que são explorados comercialmente, principalmente pelas subsidiárias de energia solar das próprias concessionárias de energia”, disse Martins.

Para o presidente do MSL (Movimento Solar Livre), Hewerton Martins, a nota técnica da ANEEL não apresenta grandes novidades.

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Brasil terá mais de 66 GW de capacidade solar instalada em 2027

O Brasil praticamente triplicará a sua atual capacidade operacional em energia solar (22,9 GW) e ultrapassará a marca de 66 GW de potência instalada até o fim de 2027, segundo projeções da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês).

O número leva em conta a soma da capacidade das usinas de grande porte (geração centralizada) e de pequenos sistemas de geração própria (geração distribuída).

De acordo com a IEA, nos próximos cinco anos, a fonte solar fotovoltaica crescerá no Brasil (em termos de proporcionalidade) mais do que em algumas nações que sempre foram consideradas líderes de geração no setor.

Enquanto o Brasil aumentará a sua capacidade operacional em quase três vezes, a Alemanha, por exemplo, ficará próximo de apenas duplicar o seu volume de potência, saltando dos atuais 65,9 GW para 126,6 GW em 2027.

Além disso, estimativas da IEA mostram ainda que o Brasil terá em cinco anos uma capacidade operacional da fonte solar consideravelmente maior do que em muitos países de primeiro mundo.

Entre eles, estão nações como Espanha, Austrália, Itália, Holanda, França, Inglaterra – que daqui cinco anos terão: 61 GW; 52,6 GW; 41,9 GW; 36,4 GW; 31,6 GW e 26,4 GW, respectivamente.

Por segmento

De acordo com a Agência Internacional, dos mais de 66 GW previstos para estarem em operação no Brasil até 2027, cerca de 35,3 GW deverão ser provenientes de projetos de utility-scale, enquanto 14,8 GW deverão ter relação com sistemas residenciais e outros 16 GW relacionados com conexões por estabelecimentos comerciais.
Por que o Brasil avança tanto em solar?

Em artigo recém-escrito para o Canal Solar, Gustavo Tegon, co-fundador da Esfera Solar, destacou que vários motivos explicam porque o setor de energia solar tem crescido tanto no Brasil.

Segundo ele, além do alto custo da energia elétrica e do fato do país ser privilegiado em irradiação solar, uma das principais questões seria o preço dos sistemas fotovoltaicos no mercado, que vem se tornando cada vez mais competitivos e democráticos.

A redução dos custos da tecnologia, conforme explica Tegon, faz com que os sistemas se mostrem mais viáveis para um número cada vez maior de pessoas e empresas.

“Prova disso é que mais da metade dos novos sistemas são investimentos de famílias de classe C e D. Até mesmo a presença das PMEs como grandes consumidoras de energia solar aponta que os painéis já não são um luxo para poucos”, escreveu.

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Energia solar vai triplicar de tamanho no mundo até 2027

Um estudo divulgado pela IEA (Agência Internacional de Energia, em inglês) apontou que a capacidade solar deve triplicar de tamanho entre os anos de 2022 e 2027 em todo o mundo, crescendo 1,5 TW e superando o carvão como a maior fonte de capacidade de energia.

Em seu relatório “Renewables 2022”, a Agência destacou que espera uma aceleração das instalações em telhados residenciais e comerciais, com adições globais de 170 GW por ano até 2027.

O relatório avalia ainda que a margem de crescimento das energias renováveis no planeta é hoje 30% maior do que a previsão do ano passado, com a energia fotovoltaica respondendo por 60% de toda a expansão da capacidade renovável.

Esse aumento é impulsionado pelas políticas de descarbonização adotadas pela China, que será responsável por produzir metade da nova energia renovável do mundo ao longo dos próximos cinco anos.

Espera-se, inclusive, que a fonte solar ultrapasse a energia hidrelétrica e se torne a maior capacidade renovável instalada do país asiático até 2023, com um aumento de quase 1.070 GW, dos quais 90% viriam da energia solar e eólica.

A IEA também aumentou sua previsão para os EUA em 25%, avaliando que o país norte-americano tem condições de aumentar a sua capacidade de energias renováveis em 270 GW entre 2022 e 2027, devido à aprovação de seus novos incentivos.

Com relação aos países europeus, a implantação da energia solar poderá ser ainda mais rápida se o continente optar por reduzir os prazos de licenciamento, melhorar os projetos de leilões e os esquemas de incentivo para acelerar a instalação de sistemas fotovoltaicos em telhados residenciais.

Se isso for feito, a aplicação dessas políticas poderia aumentar o crescimento das fontes limpas no continente em até 30%. “As renováveis já estavam se expandindo rapidamente, mas a crise energética global as colocou em uma nova fase extraordinária de crescimento ainda mais rápido, à medida que os países buscam capitalizar seus benefícios de segurança energética”, disse o diretor executivo da IEA, Fatih Birol.

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