Luz para Todos exigirá até 15 milhões de painéis solares
O Programa Luz para Todos demandará até 15 milhões de módulos fotovoltaicos, além de baterias e inversores, com um custo de R$ 38 bilhões (US$ 7,4 bilhões) até o final de 2028, apontam dados de um estudo divulgado pelo IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente).
A pesquisa identificou também que o acesso à energia solar poderia ser menos custoso para as populações que vivem em localidades remotas e dependem de geradores à diesel para ter acesso à eletricidade.
“Se o direcionamento econômico da política pública atuasse no custo de capital dos sistemas, o preço da energia elétrica desses sistemas poderia ser inferior ao preço da energia cobrada pelas distribuidoras locais. Essa ação, somada à já existente tarifa social de energia elétrica, poderia atenuar a pobreza energética”, disse Vinícius Oliveira, um dos autores do estudo e líder de projetos do IEMA.
Os pesquisadores destacaram ainda que a diversificação das fontes de energia renováveis também poderia estimular o desenvolvimento de uma cadeia de serviços nas regiões que passariam a ter acesso à eletricidade.
Luz para Todos
Coordenado pelo MME (Ministério de Minas e Energia), o programa federal visa levar o acesso à energia elétrica para famílias brasileiras que vivem em áreas remotas e de difícil acesso por meio, sobretudo, da instalação de sistemas fotovoltaicos.
Somente no primeiro semestre deste ano, a iniciativa registrou um recorde de investimentos, com quase R$ 1 bilhão em aportes. O estado que recebeu o maior volume de recursos foi o Pará (R$ 886 milhões), seguido pelo Amapá (R$ 52 milhões) e o Amazonas (R$ 26 milhões), respectivamente.