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ONS registra seis recordes em geração de energia solar e eólica

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) registrou no último fim de semana, dias 23 e 24 de julho, seis novos recordes da geração de energia solar e eólica no Brasil.

Entre os resultados está a geração de energia solar no subsistema da região Nordeste, que no sábado (23), atingiu a marca de 1.118 MW em geração média. Trata-se de um volume que representa cerca de 10,3% da demanda regional. O recorde anterior era de 1.086 MW, no dia 20 de julho.

Em geração instantânea, o marco do subsistema foi de 3.107 MW, às 10h33 do último sábado, contra 2.985 MW no dia 20. Essa geração representa 31% da demanda regional.

Além do subsistema nordestino, outros recordes de energia solar foram contabilizados no SIN (Sistema Interligado Nacional), que apresentou um pico de geração instantânea de 4.194 MW, às 11h56 do último sábado. Esse registro representou 6,9% da demanda de todo o SIN. O recorde anterior registrado no último dia 20 deste mês, foi de 4.046.

Em geração média, o SIN ultrapassou os 1.451MW de 20 de julho, chegando a 1.484 MW, o que representou 2,3% da demanda de energia solar do sistema. ​

Já os dados sobre a energia eólica…

No domingo (24), o ONS registrou o primeiro recorde do ano de geração média de energia eólica no subsistema do Nordeste, onde foram computados 12.494 MW, contra 11.907 MW do último recorde, em 6 de agosto de 2021.

“Os registros de geração eólica ao longo do fim de semana representam mais de 120% da demanda do Nordeste. Em geração de energia instantânea, houve no domingo, o pico de 14.473 MW, às 22h12. O recorde anterior era de 14.167 MW, no dia 8 de julho deste ano”, destaca o ONS.

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Resolução é vital ao definir regras de segurança cibernética no setor de energia

No último dia 1º de julho, entrou em vigor a Resolução Normativa nº 964, de 14 de dezembro de 2021, da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que dispõe sobre regras de segurança cibernética a serem adotadas pelos agentes do setor de energia elétrica.

A resolução é extremamente importante, pois define as diretrizes a serem adotadas pelos agentes regulados do setor de energia visando à mitigação de riscos de segurança cibernética.

Sua aplicação se dá aos concessionários, permissionários, autorizados de serviços ou instalações de energia elétrica e às entidades responsáveis pela operação do sistema, pela comercialização de energia elétrica ou pela gestão de recursos provenientes de encargos setoriais, tendo como objetivo mitigar os riscos relacionados a incidentes de segurança cibernética no setor elétrico.

Neste contexto, os principais riscos relacionados à segurança cibernética incluem eventual interrupção no suprimento de energia, a impossibilidade de realização de operações técnicas pelos agentes regulados e possível extravio de dados.

Em relação aos riscos relacionados à continuidade das operações, vale lembrar do ataque cibernético do tipo “ransomware” sofrido no ano passado pela Colonial Pipeline, uma das maiores redes de oleodutos dos Estados Unidos. Essa ação resultou na paralisação das operações da empresa, fazendo com que o governo norte-americano declarasse estado de emergência em 17 estados, em decorrência da interrupção do fluxo de combustível.

A Resolução 964 apresenta diretrizes para atuação dos agentes regulados em segurança cibernética. Tais diretrizes incluem, dentre outras, a necessidade de adoção de normas, padrões e referências de boas práticas em segurança cibernética e a atuação dos agentes para identificar, diagnosticar e responder a incidentes cibernéticos, bem como disseminar a cultura de segurança cibernética.

Para tanto, a resolução aponta a necessidade de que os agentes regulados possuam uma Política de Segurança Cibernética, que deve ser aderente às diretrizes estabelecidas na regulação, compatível com a sensibilidade dos dados e das informações sob responsabilidade do agente e com a relevância da instalação no contexto do SIN (Sistema Interligado Nacional). Para que a Política de Segurança Cibernética esteja alinhada ao disposto na resolução, ela deve prever, dentre outros aspectos: critérios para a classificação dos dados e informações utilizados pelo agente, de acordo com sua relevância; procedimentos e controles para reduzir a vulnerabilidade a incidentes; e a adoção de medidas técnicas para garantir a segurança e rastreabilidade de informações críticas.

Adicionalmente, a resolução estabelece obrigações específicas para os agentes regulados, como, por exemplo, que seja designado um responsável pela Política de Segurança Cibernética, bem como que esse regimento seja aprovado pelo Conselho de Administração do agente (podendo ser único para todo o grupo econômico) e revisado periodicamente.

Outro aspecto importante destacado pela resolução é o dever de o agente regulado disseminar internamente, entre seus colaboradores, a cultura de segurança cibernética, principalmente por meio da implementação de programas de capacitação e da adoção de medidas para a conscientização e educação sobre aspectos de segurança cibernética.

Sobre incidentes cibernéticos, a resolução exige que a Política de Segurança Cibernética defina os parâmetros a serem utilizados na avaliação da relevância dos incidentes cibernéticos, bem como estabeleça procedimentos para prevenção, tratamento e resposta a tais incidentes, o que pode ser feito, por exemplo, por meio da elaboração de um plano de resposta a incidentes.

Além disso, é estabelecida a obrigação dos agentes de notificar a equipe de coordenação setorial designada em caso de incidentes cibernéticos de maior impacto (como definidos na Resolução), que afetem de maneira substancial a segurança das instalações, a operação ou os serviços aos usuários ou de dados.

Como se pode observar, a resolução apresenta um framework básico a ser implementado pelos agentes regulados do setor elétrico, com o objetivo de minimizar o risco sistêmico decorrente de um possível incidente cibernético, desenvolvido em conexão com a Estratégia Nacional de Segurança em Infraestruturas Críticas, estabelecida pelo Decreto n° 10.569/2020.

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Por que decidi trocar meu carro a diesel por um elétrico?

Governo francês desenvolveu medidas para auxiliar a compra de carros elétricos.

A escolha de um novo automóvel envolve vários fatores que irão nos influenciar em uma decisão final, desde o preço, vantagens, modelo e economia. Até pouco tempo atrás, esses eram os únicos fatores que contavam na hora da escolha, mas a partir de quando a opção da mobilidade elétrica deve entrar no hall de fatores importantes? Desde já!

Há pelo menos 3 anos, as questões climáticas têm se tornado tema constante e persistente em minha casa. As mudanças começaram com pequenas coisas, como a forma de descartar o lixo, reciclável e não reciclável, o uso de composteiras para o lixo orgânico, a troca de água mineral em garrafas de plásticos, ainda que não 100%, para o uso do filtro em barro, assim como a diminuição do consumo de produtos desnecessários que pudessem aumentar o nosso lixo não reciclável.

Somos uma família de cinco pessoas, dois adultos e três crianças, e tínhamos dois carros a diesel, que rodavam no mínimo 30 quilômetros, cada, diariamente. Apesar das boas intenções nas atitudes em casa, da porta para fora estávamos poluindo tanto quanto os outros, e isso nos incomodava.

Com a chegada da pandemia e os rastros de consequências que ela trouxe, como o aumento do preço do combustível e o aumento na eletricidade e no gás, colocamos os números na ponta do lápis e decidimos que estava na hora de mudar algo.

Vivo na França, na região de Moselle, fronteira com o Sarre, na Alemanha. Aqui, a circulação entre os dois países é diária e comum, ao ponto de os governos dos dois países desenvolverem leis e acordos válidos apenas para essa região, pela quantidade de trabalhadores pendulares, assim como estudantes que habitam os dois lados.

Viver nessa área me permite duas coisas: pagar menos impostos na França e usufruir dos preços mais baixos nos supermercados alemães, por exemplo. Uma espécie de equilíbrio econômico. Apesar de morar na França, sempre abasteci meu carro na Alemanha, pois, até o início do ano passado, ainda era possível pagar 1,09 euros pelo litro do diesel, muito abaixo do preço de 1,49 euros que era oferecido aqui na França.

No entanto, as coisas começaram a mudar de uns meses pra cá, especialmente após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, que colocou os países europeus em estado de alerta com relação também à dependência do gás e do petróleo vindos da Rússia. Em outubro de 2021, a Alemanha ultrapassou seu próprio recorde no preço do litro do diesel, chegando a uma média de 1,55 euros por litro.

Até o momento, o país só havia registrado um aumento tão alto em 2012, quando o diesel chegou a 1,54 euros o litro. A partir desse momento, os números subiram cada vez mais, chegando a alcançar 2,14 euros em março deste ano.

Quando os reajustes começam a pesar no bolso, chega a hora de agir. Como disse anteriormente, rodar 30 quilômetros diariamente com o diesel a quase 2 euros o litro estava insustentável. Aqui, iniciamos nossa busca para realizar algo que já almejávamos havia algum tempo: a compra de um carro elétrico.

Junto com a decisão chegaram as dúvidas a respeito. Como carregamos a bateria? Podemos fazer em casa ou apenas em pontos de carregamento? Irá aumentar muito nossa conta de energia? Quais são os tipos de cabo para carregar um carro elétrico?

Um mundo novo para nós, que só estávamos acostumados a outro tipo de veículo, mas essas inseguranças foram desaparecendo ao longo das nossas buscas por informações. Esse tipo de veículo não está entre os mais baratos, principalmente em se tratando de modelos mais novos. Então, como conseguir viabilizar a compra de um E-car?

Durante nossas buscas na internet e visitas a concessionárias, descobrimos que o governo francês desenvolveu medidas para auxiliar a compra de carros elétricos, para empresas ou pessoas físicas. Esse tipo de incentivo, apesar de cair como uma luva no momento atual, surgiu em 2020, como medida do governo para auxiliar o setor automobilístico, que passava por crise.

Através dessas medidas de auxílio, a França beneficia não apenas o setor de automóveis, mas tudo que colabora na diminuição de emissão de CO₂ , tirando os veículos mais poluentes de circulação, incentiva a compra de carros menos poluentes, sejam elétricos, híbridos ou movidos a combustíveis fósseis, desde que estejam dentro das normas e limites de emissão de carbono, fazendo assim o mercado girar.
Quais incentivos a França oferece e como funcionam?

Atualmente, o governo oferece alguns tipos de auxílios que dependem da necessidade de cada grupo. Por exemplo:

– Bônus ecológico: um benefício de até 6 mil euros na compra de carros novos com valor inferior a 45 mil. Para automóveis com valores entre 45 mil e 60 mil euros, esse benefício cai para até 2 mil euros. Tanto empresas como compradores privados podem receber o bônus;

– Primeira conversão: é uma opção para quem deseja entregar o seu carro a diesel ou gasolina como uma forma de “entrada” na compra de um carro elétrico, seja novo ou usado. Nesse caso, o seu carro anterior será entregue para destruição e você pode receber um bônus entre 2.500 e 5 mil euros na compra do seu novo veículo. O valor do benefício é definido de acordo com a renda anual do comprador;

– Bônus regional: engloba cidades com alta emissão de carbono, como Paris, ou metrópoles com certificado de baixa emissão de carbono, como Lyon. Os bônus aqui são definidos de acordo com as exigências e necessidades de cada região.

No meu caso, optamos pelo auxílio “primeira conversão”, na compra de um veículo elétrico de segunda mão. Para obter esse tipo de auxílio, o comprador precisa ter alguns requisitos, como ser maior de idade, morar no país, entregar o seu carro antigo para destruição, além da documentação que comprove sua renda.

Para famílias com renda abaixo de 13.489 euros, o benefício pode ser concedido até o valor máximo, que é de 5 mil euros. No caso de rendas anuais iguais ou superiores a esse montante, o valor do benefício cai para 2.500 euros. Atualmente, essas regras são as mesmas implantadas até 31/12/2022. No entanto, o governo já anunciou algumas mudanças que devem entrar em vigor a partir do dia 1 de julho.

A partir do próximo mês, quem desejar obter o bônus do governo na compra de um carro novo, elétrico ou híbrido, deve seguir as novas exigências. Dentre as novas regras estão:

– O padrão de emissão de CO₂ reduzido para um máximo de 20 g/km, o que anteriormente era de 50g/km;

– Redução do valor do bônus a partir do primeiro de julho. Para veículos com um custo de aquisição inferior a 45 mil euros, haverá uma redução de 1000 euros no bônus, de 6 mil para 5 mil euros, em caso de pessoa física. Para as empresas, o valor do subsídio cai de 4 mil para 3 mil euros.

Para quem ainda deseja usufruir do bônus antes da alteração, poderá encomendar seu veículo até 30 de junho, e contratos de compra ou aluguel finalizados até 30 de setembro também poderão utilizar o bônus antes da redução, prevista para 1 de julho.

No caso do bônus de primeira conversão, que permite ao motorista substituir seu carro antigo por um carro mais novo e menos poluente, serão mantidas as mesmas condições e valores atuais até 31 de julho de 2022, até segundas alterações.

Depois de obter as informações a respeito do auxílio do governo, o segundo passo foi escolher o veículo. Já possuímos um carro de grande porte, com 7 assentos, o qual gostaríamos de manter, por isso decidimos entregar nosso carro menor, um Audi a diesel, e trocar por um do mesmo porte.

Optamos então por um Zoe, da Renault, modelo que custa entre 8 mil a 14 mil euros, quando usado. Após a escolha do veículo, entregamos à concessionária a documentação necessária para o requerimento do auxílio, que é feito diretamente entre o vendedor e a repartição do governo responsável.

Após a análise de documentos, como os comprovantes de imposto de renda dos últimos 2 anos, foi definido o valor do auxílio concedido, que foi de 2.500 euros. Esse montante, no entanto, foi transferido diretamente para a loja, que abateu esse valor no preço final do carro.

Com a aprovação, a própria concessionária se responsabilizou em transportar nosso antigo carro para ser levado para o depósito onde seria inutilizado. Documentações aprovadas, auxílio concedido, carro antigo entregue e negociação de pagamento, em um mês conseguimos concluir a compra.

É válido ressaltar que, para o carro que adquirimos, um modelo Zoe ano 2017, foi necessário fazer um contrato de aluguel de bateria, pois apenas os carros produzidos após 2020 já têm a bateria inclusa no preço da compra. Na hora de comprar um carro elétrico, você pode optar por alugar ou comprar a bateria. O fato é que a compra da bateria aumenta consideravelmente o valor total do carro, cerca de 7 mil até 9 mil euros a mais.

Quando você compra a bateria, talvez possa ter uma facilidade maior para vender o carro, futuramente, no entanto, a vida útil da bateria de um carro elétrico é entre 10 e 12 anos, e o custo de aquisição de uma bateria é equivalente a 100 meses de aluguel, ou mais de 8 anos de uso.

No caso do aluguel, o preço total cai, você tem garantia em caso de defeitos e pode renovar o contrato do aluguel ou cancelar, no caso que deseje vender o veículo. Frequentemente, os contratos de aluguel incluem serviços adicionais, como manutenção ou assistência. No nosso caso, optamos pelo aluguel da bateria, que é de no máximo três anos, podendo ser renovado. A decisão partiu da questão do tempo que desejamos ficar com o carro.

Como a ideia seria trocá-lo antes que ele perca valor no mercado, achamos que o alto investimento no preço da bateria não seria o ideal nesse momento. Outro fator foi a questão da garantia. Quando você compra bateria e ela vai perdendo a potência após um certo tempo de vida, você não tem garantia para troca. Em casos como estes, a opção será investir na compra de uma nova bateria ou partir para o aluguel.

Com o carro em mãos, chegou a hora de colocar em prática o que buscamos a respeito de ter um carro elétrico. Carregar em casa, em pontos gratuitos ou estações de carregamento pagas? Sim, você pode utilizar todas essas opções.

Tanto na França como na Alemanha é possível recarregar seu carro em bases gratuitas que estão distribuídas em estacionamentos de supermercados, lojas ou pontos distribuídos pela prefeitura da cidade. No meu caso, sempre utilizo as bases em estacionamentos de supermercado, o que é muito prático para mim.

Enquanto faço as minhas compras, meu carro fica carregando. Cada cliente pode carregar seu veículo por até uma hora, tempo suficiente para carregar a bateria do meu carro para um autonomia de até 130 km, se eu chegar com pelo menos 30 km já carregados, ou seja, durante esse tempo, posso carregar um total de 100 km.

A única desvantagem nessa opção é que você precisa escolher os horários menos movimentados, pois corre o risco de chegar e ter todas as bases ocupadas. No entanto, você pode ver no visor das estações quanto tempo ainda falta para cada carro concluir o carregamento e, caso não tenha pressa, pode esperar mais um pouco e conseguir uma vaga.

Outra opção são as estações para carregamento pagas. Elas estão em maior quantidade e espalhadas pela cidade, o que facilita quando você está com a bateria prestes a descarregar e não tem uma outra forma de carregar por perto. Existem várias operadoras que oferecem esse serviço, mas para utilizá-lo é necessário fazer um cadastro.

Primeiro, você precisa escolher a operadora na qual deseja se cadastrar. Algumas não cobram para produzir o cartão de cliente, já outras cobram uma pequena taxa. Normalmente, as empresas que oferecem o cartão gratuito costumam ter o preço do kWh mais alto do que o das demais – por isso é importante pesquisar bem antes de escolher uma das opções.

O preço do kWh, o equivalente a 6,86 km rodados, chega a custar 0,30 até 0,40 centavos de euros nas estações pagas na Alemanha. No entanto, dependendo da operadora e do pacote de serviços que você paga, esse valor pode cair. A vantagem desse tipo de sistema é que você não tem limite de tempo para carregar seu veículo.

Algumas pedem que os clientes utilizem as bases por no máximo quatro horas, tempo após o qual normalmente a bateria já está totalmente carregada, dependendo também da potência da estação. Carregar em casa é, claro, mais confortável, mas vale a pena? Neste caso precisamos fazer uma comparação com o carro anterior.

Com o carro a diesel, gastávamos cerca de 142,50 euros por mês para rodar 1000 km. Com a compra do elétrico, vimos o consumo da nossa conta mensal de energia dobrar de 204 kWh para 406 kWh. Em moeda, isso quer dizer que passamos a pagar cerca de 25,52 euros a mais do que anteriormente, para um valor de 0,17 centavos de euro por kWh, dentro da França.

No entanto, precisamos levar em consideração o valor do aluguel da bateria, que custa 79 euros. Com isso, por mês, circulando 1000 km com o carro elétrico, gastamos um total de 104,52 euros, ou seja, 37,98 euros a menos do que os gastos com o carro a diesel.

O preço do kWh, o equivalente a 6,86 km rodados, chega a custar 0,30 até 0,40 centavos de euros nas estações pagas na Alemanha. No entanto, dependendo da operadora e do pacote de serviços que você paga, esse valor pode cair.

A vantagem desse tipo de sistema é que você não tem limite de tempo para carregar seu veículo. Algumas pedem que os clientes utilizem as bases por no máximo quatro horas, tempo após o qual normalmente a bateria já está totalmente carregada, dependendo também da potência da estação.

Carregar em casa é, claro, mais confortável, mas vale a pena? Neste caso precisamos fazer uma comparação com o carro anterior. Com o carro a diesel, gastávamos cerca de 142,50 euros por mês para rodar 1000 km. Com a compra do elétrico, vimos o consumo da nossa conta mensal de energia dobrar de 204 kWh para 406 kWh. Em moeda, isso quer dizer que passamos a pagar cerca de 25,52 euros a mais do que anteriormente, para um valor de 0,17 centavos de euro por kWh, dentro da França.

Ao todo, uma economia de cerca de 40 euros e algumas vantagens a mais, como possibilidade de recarregar a bateria de forma gratuita, preço do veículo através do subsídio do governo e por último (diria que até mais importante): zero emissão de CO₂.

Outro fator importante é a redução de gastos com manutenção, pois veículos elétricos não precisam de troca de óleo, têm menos desgastes dos freios e não têm necessidade de substituição de sistemas de embreagem.

Segundo o IFA (Instituto de Economia Automotiva), através de um estudo da Universidade de Ciências Aplicadas de Nütringen-Geislingen, os gastos com oficina podem ser até 35% inferiores nos carros elétricos em comparação com os carros comuns.

De acordo com a pesquisa, em um período de oito anos, em carros que percorrem cerca de 8 mil quilômetros por ano, os custos de manutenção de automóveis com motores de combustão foram calculados em um total de 3 650 euros. Nos carros elétricos, esse valor é de apenas 2 350 euros.

Com o carro anterior, a diesel, tínhamos um gasto anual de cerca de 200 euros, com a inspeção de controle do TÜV e eventuais trocas de óleo, velas ou filtro. Com o carro elétrico, que dispensa qualquer necessidade de reparo como as citadas anteriormente, o previsto é que o gasto anual, fixo, se limite ao controle técnico, que custa cerca de 80 euros.

Há cinco meses utilizando o carro elétrico, só tenho pontos positivos com relação a essa escolha. Para mim e para minha família, isso foi um passo a mais na busca de cooperar com a transição energética que a Europa vive, além de mostrar aos nossos filhos como o desenvolvimento de tecnologias no setor de energias renováveis é importante para um clima futuramente melhor.

Segue relato da jornalista Daniele Haller, para o Canal Solar. Ela vive na Europa há 12 anos e é correspondente de diferentes canais de comunicação no Brasil.

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Saiba como contribuir na consulta do MME sobre valoração da GD

A Consulta Pública nº 129/2022, que tem como objetivo colher contribuições sobre as diretrizes dos cálculos de custos e benefícios da geração própria de energia renovável no Brasil, ficará aberta até dia 3 julho.
Essa consulta pública é aberta à sociedade, associações e entidades representativas, empresas e agentes do setor elétrico. Para obter mais informações sobre o tema acesse os anexos disponibilizados pelo MME sobre a consulta. Para participar basta seguir o passo a passo abaixo:

Passo a passo

Para participar, o primeiro passo é acessar o link disponibilizado pelo MME.  Ao clicar no link, você será direcionado para a página abaixo.

O próximo passo é clicar no botão “Faça sua contribuição” e realizar o seu login.  Caso ainda não tenha feito o login, basta fazer seu cadastro.

Após fazer o seu login, você será redirecionado à página geral da Consulta Pública. É só clicar novamente em “Faça sua contribuição” e aparecerá a seguinte tela.

Em seguida, você deve preencher os campos e anexar o documento que contém suas contribuições. O site só aceita arquivo no formato PDF com tamanho máximo de 10MB.

Após preencher todos os campos e anexar o arquivo clique em “Salvar Consulta Pública”.

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ANEEL reajusta valor das bandeiras tarifárias em até 64%

Novos valores entram em vigor a partir de 1º de julho e serão válidos para o período 2022-2023.

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (21) um novo reajuste nos valores das bandeiras tarifárias. A maior alta foi no valor na bandeira vermelha patamar 1 (63,7%).

A bandeira amarela vai subir 59,5%, e a vermelha patamar 2 aumentará 3,2%. A bandeira verde é a única que não sofreu reajuste e seguirá sem a cobrança extra. Os novos valores entram em vigor a partir do dia 1º de julho e serão válidos até meados de 2023.

Os valores aprovados ficaram acima dos que foram colocados inicialmente em consulta pública. Segundo a Agência, a alteração foi necessária para inclusão de alguns parâmetros no cálculo dos valores.
Confira como ficam os novos valores:

•Bandeira Verde: segue sem a cobrança do custo adicional;
•Bandeira Amarela: valor sobe de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 kWh consumidos (+ 59,5%);
•Bandeira Vermelha 1: valor sobe de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos (+ 63,7%);
•Bandeira Vermelha 2: valor sobe de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos (+3,2%).

A revisão dos valores das bandeiras acontece anualmente, normalmente na metade do ano. Vale lembrar que a bandeira “escassez hídrica” foi extinta em maio deste ano. A modalidade foi criada para entrar em operação de maneira excepcional entre os meses de setembro de 2021 e abril de 2022 com forma de minimizar os impactos da crise hídrica no país.

Desde que a bandeira de escassez hídrica foi extinta, o país está sob efeito da vigência da bandeira verde, que, segundo a Aneel, deve continuar vigorando até o fim do ano em razão da boa recuperação do nível dos reservatórios brasileiros. A Agência, contudo, não descarta aplicar a cobrança da tarifa extra a partir de 2023.

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 Energia solar como importante aliada em época de aumento da conta de luz

 

Você deve ter percebido um certo aumento na sua conta de energia e isso realmente ocorreu! Agora na época de isolamento social a conta de luz está, em média, 9,2% mais cara. Isso se dá porque as pessoas têm permanecido mais em suas residências, acarretando maior consumo de energia. Nesse sentido, o Terra trouxe que em uma pesquisa realizada pela Enel Distribuição Goiás mostrando aumento de 9,2% no consumo apenas no mês de abril.

 

Visto isso, no estado de São Paulo a distribuidora de energia de Guarulhos, no norte paulista realizou um levantamento parecido que indicou um aumento no consumo de energia elétrica pelas residências da área de concessão de aproximadamente 9% comparado ao mesmo período de 2019.

 

Sem dúvida, a energia solar é uma ótimo aliada para o seu bolso na hora de economizar na conta de luz, uma vez que a energia é proveniente do sol e os painéis fotovoltaicos duram por muitos anos. Além disso, nos momentos em que os painéis não estejam funcionando, como a noite, quem possui esse sistema em sua empresa ou residência pode ficar despreocupado, uma vez que são consumidos os créditos de energia nesses momentos.

 

No final do mês, a conta de luz será o resultado da diferença entre a energia produzida e a energia consumida.

 

Isso significa que você pode ter até 95% de desconto na sua conta de luz, sendo uma ótima opção para quem quer começar economizar para investir em outros projetos, não é mesmo? Se você ficou curioso e quer saber mais, não deixe de conversar conosco sobre isso! Ficaremos muito felizes com o seu contato.

 

Não esqueça de ver nosso post sobre os Tipos de sistemas solares Fotovoltaicos

 

 

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Novas Placas solares que funcionam com bactérias vivas

Pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica desenvolveram uma placa solar capaz de converter luz solar em energia, até quando o tempo estiver nas piores condições possíveis. E como isso foi feito? A composição desta placa solar é inusitada, diferente das placas solares tradicionais. Esta invenção irá usar seres vivos em seu funcionamento.

Nós sabemos que os painéis solares funcionam melhor em dias com bastante raios solares. Porém, para tentar aproximar esta eficiência em dias ‘’nublados’’, os pesquisadores apostaram nas bactérias E.coli, modificadas geneticamente. São essas bactérias que produzem a substância chamada licopeno, que é capaz de converter luz em energia. Essa bactéria é a mesma que dá o pigmento vermelho para a casca dos tomates.

 

Os pesquisadores tiveram a ideia de transformar estas bactérias em produtoras dessa substância que irão agir como condutoras para aplicar a mistura em uma superfície de vidro. As consequências foram excelentes, os testes apontaram que os resultados foram melhores em comparação com as células solares convencionais. As bactérias conseguiram gerar energia até em condições de pouca luz, como em dias com tempo nublado ou até mesmo em períodos noturnos.

 

Anteriormente, os melhores estudos realizados atingiam uma quantidade de energia de apenas 0,362 mil amperes, porém, desta vez, o estudo atingiu aproximadamente 0,686 mil amperes por centímetro quadrado. Os responsáveis pela pesquisa disseram que o objetivo é melhorar o desempenho técnico dessa placa solar. Uma das ideias é usar estes painéis em lugares inusitados como em baixo d’água, por exemplo.

 

O professor do Departamento de Engenharia Química e Biológica da Universidade da Colúmbia Britânica, Yadav Vikramaditya, revelou que o processo tem um custo de, aproximadamente, um décimo dos modelos convencionais. No entanto, os pesquisadores ainda estão analisando uma forma de manter as bactérias vivas, para que o pigmento seja produzido sem muitas limitações.

 

A energia solar está em constante crescimento, muitos estudos e pesquisas estão sendo realizados para que essa tecnologia seja aproveitada e explorada ao máximo. Essa nova descoberta, com utilização de bactérias vivas em placas solares, é uma dessas inovações que prometem gerar energia até mesmo em dias desfavoráveis. As descobertas estão melhorando a eficiência da geração de energia e dando lugar de destaque e importância para a sustentabilidade.

 

Veja alguns exemplos de criações inovadores utilizando a energia solar: na Austrália, foram criados painéis solares em impressoras convencionais. No Reino Unido, cientistas criam fotossíntese semi-artificial com energia solar para gerar combustível. Já nos Estados Unidos, pesquisadores desenvolveram um dispositivo movido a energia solar que cria água potável. Estas criações realmente surpreendem.

 

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/

 

Leia também: sobre impactos na energia solar

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tipos de sistemas solares

Tipos de sistemas solares Fotovoltaicos

 

Os sistemas solares fotovoltaicos podem ser divididos em três tipos: àqueles que são conectados à rede, o on grid (formados por um conjunto de materiais que visam a conversão de energia solar em elétrica, sendo inserida diretamente na rede elétrica) ; aqueles isolados, o off grid (autossustentável na geração de energia por meio da utilização de baterias e não conectado à rede) e os híbridos ( estes são uma mistura dos dois sistemas).

Normalmente os sistemas isolados são utilizados em locais onde o custo de conexão com a rede elétrica é bastante elevado, como em casas no campo, bombeio de água e diversas outras situações. Os sistemas que são conectados à rede acabam por substituir ou complementar a energia elétrica disponível até então.

 

Sistemas fotovoltaicos híbridos

 

Os sistemas híbridos de energia solar fotovoltaica são constituídos por uma mistura de “sistemas isolados” com “sistemas conectados à rede elétrica”. Isso significa que o sistema é conectado à rede elétrica, porém, possui um banco de baterias para armazenar a energia também. Portanto, os sistemas híbridos são mais caros que os tradicionais on grid, já que, além do banco de baterias, eles também necessitam de diversos mecanismos de segurança e equipamentos específicos, que acabam encarecendo a solução como um todo.

 

Off-grid

Assim como citamos acima, esses sistemas são autônomos, que independem de rede de distribuição de energia elétrica, sendo sustentados através de baterias que são dispositivos de armazenamento.

Estes são compostos dos seguintes elementos:

  • painéis solares;
  • cabos e estrutura de suporte, que compõem juntos o bloco de geração de energia;
  • inversores e controladores de carga;

Normalmente esses sistemas são utilizados para o bombeamento de água, eletrificação de cercas e postes de luz,pequenos sistemas de capacidade energética entre 1,5 kilowatt-pico (kWp) e 20 kWp e os grandes, de 20 kWp a 1 MWp.

 

Quando não há a presença de sol, isso não é um problema, pois as baterias armazenam a energia excedente produzida, permitindo que este funcione. Nesse sentido, na hora de adquirir esse sistema, vale pensar sobre as baterias com espaços suficientes para suprir as necessidades energéticas temporárias. Isso leva em consideração as condições climáticas, a incidência de luz e demandas energéticas residenciais

 

On-grid

Também chamados de grid-tie, este tipo de sistema fotovoltaico precisa, necessariamente, estar conectado à rede de distribuição de energia. Este é considerado mais eficiente que o sistema off-grid e não necessita de baterias e dos controladores de carga, diminuindo seu valor na hora de adquirir.

 

Nesse caso, nesse sistema os inversores, além da função de converter a corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA), a função de sincronizar o sistema com a rede pública.  Isso ocorre, pois o sistema on-grid, por não possui um dispositivo de armazenamento, como no caso do primeiro, ou seja, toda a energia excedente vai para a rede de distribuição de energia da sua concessionária, convertendo todo o excedente em créditos de energia

Isso faz com que você tenha maior desconto na sua conta de energia, economizando bastante.

 

Visto isso, um sistema solar fotovoltaico possui:

  • Painéis solares – Estes “bombeiam” a energia para o sistema como um todo, transformando a energia solar em elétrica, podendo ser constituído de um ou mais painéis, de acordo a necessidade energética.
  • Controladores de carga – Estes são como se fossem válvulas que servem para evitar sobrecargas ou descargas exageradas na bateria, aumentando a vida útil e desempenho.
  • Inversores – Extremamente fundamentais, funcionam como se fossem o cérebro do sistema. Estes são responsáveis por transformar os 12 V de corrente contínua (CC) das baterias em 110 ou 220 V de corrente alternada (AC), ou outra tensão desejada, além de serem responsáveis pela sincronia com a rede elétrica, em caso de sistemas conectados.
  • Baterias – Estas armazenam a energia elétrica para que o sistema funcione quando não há sol.

 

Agora você já sabe quais são os tipos de sistemas solares existentes no mercado! Não perca tempo e veja também: Como ficam os investimentos do setor de energia durante a pandemia?

 

 

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