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Minas Gerais lidera potência acumulada de projetos FV outorgados

Segundo pesquisa realizada pela Greener, com dados consolidados até fevereiro, Minas Gerais é o estado com maior potência acumulada de projetos outorgados direcionados tanto para o Mercado Livre quanto para o Regulado, com 33,85 GW.

O Estudo Estratégico Grandes Usinas Solares 2023 apontou que o estado mineiro lidera de forma isolada, seguido por Piauí (11,76 GW) e Bahia (11,06 GW).

Especificamente com relação ao ACL (Ambiente de Contratação Livre), a Greener indicou que os projetos com outorga também se encontram em sua maioria nos estados de Minas Gerais, Bahia e Piauí.

Rio Grande do Norte e Goiás, por exemplo, não figuram entre os que mais possuem projetos operando, mas sediam usinas que iniciaram sua construção ou que estão para iniciar, indicando uma diversificação da localização de sistemas fotovoltaicos centralizados futuramente.

Ao analisar os maiores complexos solares outorgados no ACL, em construção ou em operação, a pesquisa indica novamente a predominância de Minas Gerais. Dentre os cinco maiores complexos no país, dois estão localizados no estado mineiro: Parque Solar Janaúba III (870 MW), e Parque Pirapora II (495 MW).
Iniciativas do governo explicam predominância de MG

De acordo com a consultoria, iniciativas de governos estaduais ajudam a explicar a relevância de determinadas unidades da federação na geração fotovoltaica, como é o caso de Minas Gerais.

“O estado objetiva fortalecer o seu protagonismo no setor por meio de ações que envolvem incentivos fiscais na geração e na cadeia produtiva, desburocratização do processo de licenciamento ambiental para usinas solares, capacitação de gestores municipais das prefeituras para possibilitar o desenvolvimento de projetos nos governos em que atuam, entre outras”, disse a Greener.

Com uma quantidade maior de projetos no estado, as subestações localizadas em Minas recebem e esperam receber ainda mais conexões, assim como aponta o Estudo Estratégico Grandes Usinas Solares 2023.

Diante da quantidade de plantas solares concentradas em Minas Gerais, um ponto de atenção é a capacidade de escoamento na região, assim como apontou o Greener Insight Os Desafios no Acesso à Transmissão.

No início de 2023, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) emitiu uma nota afirmando o esgotamento da capacidade de transmissão na região norte do estado mineiro e no Nordeste, fazendo com que a emissão de pareceres de acesso fosse restritiva ou condicionada às obras licitadas.

Por outro lado, o estudo afirmou que as empresas de diferentes nacionalidades estão investindo em regiões brasileiras relativamente pouco exploradas no segmento solar, buscando menor concorrência.

Alguns estados como Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia são localidades procuradas por investidores de grandes projetos de geração distribuída. Na visão da Greener, a depender das condições dos projetos e de conexão, a escolha por estados menos visados pode também ser uma alternativa e auxiliar o desenvolvimento da geração centralizada fotovoltaica no país.

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Como a energia solar reduz custos e aumenta a produtividade no agronegócio?

O Brasil é um país reconhecido pela força de seu agronegócio. É um grande exportador de grãos e proteínas animais, com áreas extensas de lavoura e criação de animais. São negócios que podem demandar um alto volume de energia elétrica.

Mesmo sendo um dos motores da economia nacional, o setor enfrenta vários desafios relacionados à energia. Em muitas regiões, mesmo em estados mais ricos, falta infraestrutura de energia elétrica e os problemas no fornecimento comprometem as atividades agrícolas.

Há desafios adicionais nessa área, como a entrega insuficiente de energia elétrica pelas concessionárias, os problemas de logística para levar diesel a áreas mais remotas, a indisponibilidade de locais para armazenamento, entre outros.

Grandes lavouras, por exemplo, costumam ter uma série de pivôs de irrigação, que permitem aplicar a quantidade certa de água e fertilizantes naquela cultura. Esses pivôs demandam energia elétrica. Mas, em geral, a rede elétrica não chega a toda a lavoura ou não há disponibilidade de demanda energética.

Uma das soluções encontradas pelos produtores é usar geradores a diesel, que acabam tendo um custo alto e muitas vezes são difíceis de operar, além de não terem uma pegada ambiental correta.

Imagine a complexidade de distribuir diesel a vários geradores em uma lavoura extensa em um lugar remoto, por exemplo. Isso aumenta muito o custo da produção, o que deixa o produtor menos competitivo.

A boa notícia é que para resolver esse problema temos visto uma solução interessante e eficaz com usinas de energia solar fotovoltaica. A solução, que a Ecori Energia Solar apresentou na Agrishow, o maior evento do setor, combina a usina fotovoltaica a um grupo gerador, usando um aparelho controlador.

A energia solar entra como uma fonte de geração primária e usa o gerador como referência para o inversor solar em um sistema totalmente off-grid. Se fizermos um paralelo, nas residências a usina do telhado é a fonte primária e a rede elétrica faz o papel de referência para o inversor.

Nas propriedades rurais, a usina combinada ao gerador permite ampliar o uso de energia elétrica a partir da fonte solar, usando o gerador tanto como referência para a solução quanto como backup para dias de baixa geração de energia.

Isso garante o funcionamento ininterrupto dos equipamentos, redução do consumo de diesel e a manutenção da produção agrícola. É uma solução mais barata, de longo prazo e sustentável para os produtores, que funciona para todo tamanho de propriedade rural.

O uso da energia solar como fonte primária de fornecimento dá mais autonomia aos produtores, que podem aumentar a produtividade de suas lavouras na mesma área de produção, reduzindo custos.

Também faz muito sentido associar as usinas solares a sistemas de armazenamento em baterias para as propriedades rurais, garantindo o fornecimento fora do horário de produção fotovoltaica ou mesmo em dias nublados e bombeamento 100% solar para alimentar motobombas em locais remotos. Isso vai se tornar cada vez mais recorrente. É a tecnologia verde a favor do aumento da produção.

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Brasil bate novo recorde na produção de energia renovável, diz CCEE

O Brasil produziu quase 70 mil MWmed nos primeiros meses deste ano e 94% desta energia elétrica foram geradas por fontes renováveis. É o que apontou um levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

De acordo com a Câmara, este é o maior índice de participação de energia limpa na matriz energética do país nos últimos 10 anos. A maior parte foi gerada pelas hidrelétricas (77%), seguidas das usinas eólicas (12%), solares (3%) e biomassa (2%).

“Estamos chegando ao final do período úmido com níveis confortáveis nos reservatórios de água do país e com boa representatividade das fontes alternativas, que ajudam a complementar a oferta de energia”, avalia Rui Altieri, presidente da CCEE.

“Será um ano sustentável, no que diz respeito aos ganhos para o meio ambiente, e muito mais confortável do ponto de vista segurança no fornecimento para a população”, destacou.

O cenário favorável para a geração hídrica ainda permitiu ao Brasil exportar 1.445 MWmed para a Argentina e Uruguai no primeiro trimestre, volume recorde na história das negociações de energia com os países vizinhos.

Segundo a CCEE, uma boa parte foi enviada pelo mecanismo de Energia Vertida Turbinável – EVT, uma operação lançada recentemente com o apoio da Câmara para otimizar o uso de recursos hídricos.

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Energia solar ganha espaço em escolas públicas em todo país

O uso de sistemas de energia solar em escolas públicas tem se tornado uma realidade cada vez mais presente em todo o país. Aos poucos, prefeituras e governos estaduais estão investindo na tecnologia em busca de economia e sustentabilidade. Exemplos não faltam.

No Ceará, 32 colégios públicos estão sendo equipados com sistemas fotovoltaicos. A expectativa é que ocorra uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão por ano com o pagamento de tarifas de energia elétrica. As obras contam com investimento de R$ 8,8 milhões, com recursos obtidos por meio do Fiee (Fundo de Incentivo à Eficiência Energética e Geração Distribuída do Ceará).

Em Manaus (AM), oito unidades de ensino da prefeitura, na região do Rio Negro, zona rebeirinha da cidade, também vão receber energia solar. A escola municipal indígena Kanata T. Ykua, na comunidade Três Unidos, foi a primeira a receber a instalação da tecnologia. As próximas serão as escolas Kunyana Putira; Puranga Pisasú; Rui Barbosa; Francisco Diogo de Melo; Bom Jesus; São Sebastião e Figueiredo Pimentel.

Na Bahia, a prefeitura de Teixeira Freitas instalou 536 painéis em quatro escolas públicas, mas a produção de energia, de aproximadamente 8.500 kWh, conseguirá atender a demanda de seis unidades.

No município de Serra foi instalada a primeira usina em escola pública do estado do Espírito Santo. O sistema com 22 painéis de 550 Wp foi construído na escola CMEI Vantuil Raimundo, no bairro de Lagoa de Jacaraípe.

Em Três Passos, no Rio Grande do Sul, a prefeitura concluiu a instalação de placas solares em 18 escolas municipais, sendo dez de Educação Infantil e oito de Ensino Fundamental. O investimento total para instalação foi de R$ 950,1 mil.

Com investimento de R$ 150 mil, o Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do Gama foi a primeira escola pública do Distrito Federal a receber um sistema de energia solar. Ao total, foram instalados 80 painéis, com uma previsão de economia de R$ 48 mil por ano.

O Governo do Rio Grande do Norte também está apostando na tecnologia para gerar energia limpa e renovável. O estado assinou um acordo de cooperação com a Neoenergia para viabilizar a instalação de placas solares em todas as 620 escolas que compõem a rede estadual de ensino. A previsão era que as primeiras usinas entrassem em operação no início de 2022.

Com um investimento de R$ 12 milhões, a EMEB Joaquim Candelário de Freitas, em Jundiaí, no interior de São Paulo, foi a primeira escola do município a contar com um sistema solar. A usina de 72,36 KWp conta com 171 painéis solares.

Em Rondônia, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental substituiu um motor a diesel por uma usina solar na Escola Municipal João da Mata, localizada na Reserva Extrativista do Rio Pacaás Novos.

O governo do Paraná também anunciou que iria instalar sistemas solares em 224 escolas, com um investimento estimado em R$ 46 milhões.

Pelo sistema de monitoramento da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), não é possível saber quantas escolas públicas já contam com energia solar.

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Brasil foi o 4º país que mais acrescentou energia solar no mundo em 2022

O Brasil foi o 4º país que mais acrescentou energia solar no mundo em 2022, com 9,9 GW de potência, segundo levantamento divulgado pela IEA (Agência Internacional de Energia).

Em todo o mundo, a fonte fotovoltaica cresceu 240 GW ao longo do ano passado, atingindo a marca dos 1,2 TW de capacidade global acumulada. Conforme o esperado, a China ficou em primeiro lugar, com acréscimo de 106 GW no período.

O resultado foi mais do que o dobro da potência obtida pelos 27 países que compõem a União Europeia – que juntos acumularam 39 GW de potência instalada, com liderança da Espanha (8,1 GW), Alemanha (7,5 GW), Polônia (4,9 GW) e Holanda (3,9 GW).

Já o mercado norte-americano contabilizou um acréscimo de 18,6 GW de potência solar instalada em 2022, enquanto que o indiano ficou logo atrás, com 18,1 GW. No Brasil, o recorde de 9,9 GW representou quase o dobro do resultado registrado pelo país em 2021.

Conforme a análise da IEA, a alta nos preços das tarifas de energia em vários países do mundo, sobretudo no Brasil e na Europa, reforçaram ainda mais a competitividade da energia solar, com iniciativas e interesse da sociedade para acelerar o uso da fonte.

Outro levantamento global sobre energia solar

Além do levantamento divulgado pela IEA, o Brasil subiu seis posições no ranking da IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável) publicado em março deste ano.

Neste outro estudo, o Brasil encerrou 2022 na 8ª colocação do ranking mundial de capacidade operacional de energia solar, com mais de 24 GW acrescidos desde o inicio da expansão da fonte no mundo.

Essa foi a primeira vez que o país figurou entre os dez primeiros colocados do levantamento, sendo o que mais ganhou posições no ranking na comparação com o anterior, quando terminou na 14ª colocação geral em 2021.

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54 milhões de consumidores tiveram reajuste na conta de luz em 2023

Os reajustes e as revisões tarifárias aprovadas em 2023 pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) junto a sete distribuidoras de energia já elevaram o valor da conta de luz para 54 milhões de brasileiros nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

De janeiro até agora, a Agência autorizou as concessionárias CPFL Paulista e Santa Cruz; Enel-RJ; Cemig; Light; e Energisa-MT e Energisa-MS a atualizarem as suas tarifas de energia elétrica. Os valores variam de 4,89% até 10%, conforme apuração realizada pelo Canal Solar.

Mesmo com a elevação, parte dos consumidores têm conseguido minimizar os impactos com o uso de sistemas de energia solar. Atualmente, são pouco mais de 700 mil conexões fotovoltaicas em operação nas áreas de concessão das sete distribuidoras.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 45 concessionárias de energia, o que significa que, ao longo do ano, outros milhões de consumidores também terão o valor de suas tarifas reajustadas. A ANEEL já tem perspectivas de aprovar, em breve, o reajuste e as revisões de outras seis distribuidoras: Enel-SP; RGE Sul; Coelba; Cosern; Enel-CE e Energisa-SE.

Conta de luz nas alturas

Em março deste ano, um levantamento divulgado pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) revelou que no acumulado dos últimos oito anos (entre 2015 e 2022) a conta de luz dos consumidores residenciais brasileiros teve alta de mais de 70%.

Trata-se de um patamar mais elevado que a evolução do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) – a inflação oficial do Brasil, que foi de 58% no período, e do Mercado Livre de energia, onde os preços reduziram em 9%.

Para 2023, a ANEEL estima que a tarifa subirá, em média, 5,6%, mas que em alguns estados o aumento vai superar a barreira dos 14%. Vale lembrar que as tarifas de energia são reajustadas anualmente pela Agência, de acordo com o “aniversário” do contrato de cada concessionária.

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Brasil chega a 1,1 milhão de telhados solares em residências

De acordo com o mapeamento da SolarEdge, com base dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o país tem atualmente mais de 1,5 milhão de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, dos quais 78,7% vêm de residências, um total de 1,1 milhão de telhados solares.

No total, os painéis no topo das casas possuem 7,6 GW, que representam 48% de toda a capacidade operacional da geração própria no país. Os consumidores com solar em residências lideram o uso da tecnologia em telhados e terrenos pequenos no Brasil e já investiram cerca de R$ 40 bilhões em seu próprio sistema.

Um dos principais motivos para o uso da solar nos domicílios é a redução do custo das residências com a energia elétrica, que pode chegar a uma queda de até 90% na conta de luz.

Ainda de acordo com o mapeamento, a tecnologia fotovoltaica já está presente em cerca de 5.500 municípios e em todos os estados brasileiros. Em número de sistemas, as pequenas empresas dos setores de comércio e serviços (11,3%), consumidores rurais (8,0%), indústrias (1,7%) e governo (0,3%) aparecem no ranking, depois dos consumidores residenciais.

“Em pouco tempo, o Brasil pode assumir um papel de liderança no mercado global de energia solar, especialmente pelos investimentos dos consumidores, que são os mais afetados pelo alto custo das tarifas no país”.

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Brasil já instalou mais de 150 mil sistemas de GD solar em 2023

O Brasil já instalou mais de 150 mil sistemas de energia solar no segmento de micro e minigeração distribuída somente em 2023, apontam dados contabilizados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Trata-se de um volume de unidades que, em menos de três meses, já supera o número de conexões computadas ao longo de todo o ano de 2019, que registrou 123,8 mil instalações entre os meses de janeiro e dezembro.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 1,78 milhão de sistemas fotovoltaicos de geração própria desde 2012 – data em que houve o início da expansão da fonte no país, com a publicação da Resolução Normativa n.º 482.

Atualmente, o número de sistemas instalados entre 1º de janeiro e 20 de março deste ano só não é maior, no momento, que a quantidade de sistemas instalados nos últimos três anos completos: foram 226,4 mil em 2020; 458 mil em 2021 e 768 mil em 2022.

Em todos os demais anos (de janeiro a dezembro), o volume de conexões fotovoltaicas no Brasil foi menor do que neste começo de ano – o que comprova que o mercado de GD solar seguirá aquecido e batendo recordes ao longo deste e dos próximos anos.

Mário Viana, diretor comercial e de marketing da Sou Energy, explica que nos primeiros dois meses do ano as vendas de sistemas de energia solar até tiveram um impacto negativo, porque os vendedores precisaram de alguns dias para entender que “o custo com o Fio B impacta muito pouco a vida de seus clientes”, comentou.

Contudo, destacou que, rapidamente, já no mês de março, os negócios passaram a voltar aos patamares de antes, o que fará com que o setor continue “tendo mercado para muitos e muitos anos”, frisou.
Nº de sistemas de GD solar instalados por ano no Brasil:

2012: 11
2013: 51
2014: 283
2015: 1,3 mil
2016: 6,5 mil
2017: 13,6 mil
2018: 35,6 mil
2019: 123,8 mil
2020: 226,4 mil
2021: 458 mil
2022: 768 mil
2023 (jan/mar): 150,6 mil

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