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Consumidores com até 40 anos somam dois terços dos financiamentos solares

Os consumidores entre 18 e 40 anos responderam por pouco mais de um terço dos financiamentos realizados no Brasil para instalação de sistemas de energia solar no terceiro trimestre de 2024.

É o que aponta um balanço realizado pelo Meu Financiamento Solar, empresa especializada em financiamentos para projetos fotovoltaicos de GD (geração distribuída).

De acordo com o levantamento, os créditos liberados para essa faixa etária representaram 36,7% do total de contratações entre os meses de julho e setembro.

Já os consumidores acima de 50 anos responderam por 32,5% das contratações, enquanto o público entre 41 e 50 anos correspondeu a 30,8%.

Ao recortar os consumidores entre 31 e 40 anos, a participação foi de 26,7%, e para os com menos de 30 anos, o índice foi de 10%.

Segundo Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar, os números refletem a diversidade de perfis que aderem ao crédito para energia solar, embora o público mais jovem tenha se mostrado significativo.

“Quando surgiu no Brasil, em meados de 2012, a energia solar despontou como algo inovador e benéfico do ponto de vista ambiental, o que sempre atraiu consumidores mais preocupados com a sustentabilidade e proteção ambiental”, comenta.

“Nos últimos cinco anos, porém, a tecnologia ganhou escala e tornou-se acessível a todos, sendo adotada hoje como a principal alternativa econômica de redução de gastos na conta de energia, que aumenta ano a ano no país”, acrescenta Carolina.

Atualmente, o Brasil conta com mais de quatro milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica, com mais de três milhões de sistemas instalados no segmento de micro e minigeração distribuída.

Esses sistemas já estão presentes em mais de 99% dos 5.570 municípios do país, segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Estados com maior volume de financiamentos
Ainda em relação ao terceiro trimestre do ano, outro balanço do Meu Financiamento Solar destacou que os consumidores do estado de São Paulo lideram as contratações para implantação de sistemas fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos no país.

Segundo o mapeamento, os paulistas representam 14,8% do total de aquisição de crédito na plataforma no terceiro trimestre deste ano. Em seguida, o ranking traz os estados do Pará e do Mato Grosso, com 12,2% e 8,3%, respectivamente

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Energia solar ultrapassa 3 milhões de sistemas de GD instalados no Brasil

A energia solar atingiu um novo marco simbólico no Brasil: mais de 3 milhões de sistemas instalados no segmento de micro e minigeração distribuída, de acordo com dados divulgados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Esse mercado já totaliza mais de 33,5 GW de potência instalada, beneficiando cerca de 4,27 milhões de UCs (unidades consumidoras) em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

A maior parte das conexões está em residências, que somam 2,3 milhões de instalações. O setor comercial responde por 307 mil sistemas, seguido pelo rural, com 260 mil instalações, e pelo industrial, com 43 mil conexões. Além disso, há 8 mil instalações em prédios do poder público.

Somente em 2024, o Brasil registrou mais de 650 mil novos sistemas solares instalados, beneficiando 844 mil novos consumidores e adicionando 7,1 GW de potência instalada.

O estado de São Paulo lidera o ranking nacional, com 502 mil instalações de sistemas de geração solar distribuída, seguido pelo Rio Grande do Sul (330 mil) e Minas Gerais (322 mil).
Expansão por municípios

Os dados da ANEEL apontam também que a energia solar já alcança 5.556 municípios brasileiros, dos 5.570 existentes.

No entanto, o acesso à tecnologia ainda enfrenta desafios em comunidades remotas, onde o transporte é possível apenas por barcos ou aviões, dificultando a penetração da tecnologia.
Impactos ambientais e econômicos

Além da expansão no segmento, o Brasil também atingiu uma marca significativa no combate às mudanças climáticas: 60 milhões de toneladas de CO₂ deixaram de ser emitidas na atmosfera graças à energia solar, segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

De acordo com o levantamento, o país já alcançou 49,3 GW de capacidade instalada no setor solar, movimentando mais de R$ 227,5 bilhões em investimentos desde o início da expansão da fonte renovável.

A energia solar também gerou mais de 1,4 milhão de empregos verdes e arrecadou mais de R$ 70 bilhões em impostos, valores que podem ser utilizados para melhorias em áreas como saúde, segurança e educação.

No entendimento da ABSOLAR, com números tão expressivos, a energia solar continua a consolidar sua importância no Brasil, tanto no aspecto ambiental quanto no econômico, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a diversificação da matriz energética nacional.

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Geração distribuída e armazenamento: caminhos para garantir segurança energética

Para enfrentar a seca e garantir segurança energética até 2026, o MME (Ministério de Minas e Energia) tomou medidas visando antecipar cenários e problemas causados pela estiagem no sistema elétrico brasileiro.

O ministro Alexandre Silveira se reuniu com o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), pediu a elaboração de plano de contingência ao ONS (Operador Nacional do Sistema) e traçou estratégias com a cúpula do governo para garantir o suprimento e evitar apagões.

A questão é que as ideias apresentadas, até o momento, são apenas mais do mesmo: foco na utilização dos recursos hídricos e acionamento de termelétricas. Neste cenário, é fundamental considerar as mudanças climáticas e os impactos das medidas no meio ambiente.

Segundo trabalhos realizados a partir das simulações utilizando os modelos climáticos globais do IPCC, períodos plurianuais de baixa precipitação, como o de 2013 a 2018, serão comuns nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste.

Apesar dos últimos verões de bonança, aproxima-se um novo período de seca que afeta as nossas hidrelétricas assim como o fornecimento de água para a agricultura, indústria e uso humano.

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Inflação sobe 0,56% em outubro puxada novamente pela conta de luz

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no Brasil, acelerou 0,56% em outubro, ficando 0,12 p.p (ponto percentual) acima da taxa registrada em setembro (0,44%), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8).

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, a maior influência nos resultados de outubro foi o grupo de Habitação (1,49%), com uma contribuição de 0,23 p.p no crescimento da inflação.

Nesse setor, o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que subiu 4,74% devido à vigência da bandeira tarifária vermelha no patamar 2 – que adiciona R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários no período:

-Goiânia (9,62%), com reajuste de 4,97% a partir de 22 de outubro;
-Brasília (5,49%), com redução de 2,98% a partir de 22 de outubro;
-São Paulo (6,00%), com redução de 2,88% em uma das concessionárias a partir de 23 de outubro.

Esse é o segundo mês consecutivo que o preço da energia elétrica acaba sendo o principal impulsionador da inflação no país. Em setembro, o aumento percentual foi de 5,36%.

Além do setor de Habitação, outro importante grupo pesquisado pelo IBGE que ajudou a elevar a inflação em outubro foi o de “Alimentação e Bebidas”, com elevação de 1,06% nos preços e uma contribuição de 0,23 p.p no resultado final do IPCA.

No ano, a inflação no Brasil acumula alta de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%, sendo este um indicador acima dos 4,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

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PL quer postes com energia solar em rodovias sem iluminação

Um projeto de lei proposto na Câmara dos Deputados quer tornar obrigatória a instalação de postes de luz abastecidos por energia solar em todas as rodovias federais, estaduais e municipais que ainda não possuam sistemas convencionais de iluminação.

O texto sugere que os sistemas fotovoltaicos instalados nestas localidades deverão utilizar baterias para armazenar energia, de modo a garantir o funcionamento do sistema durante a noite e em períodos de baixa incidência solar.

O projeto de lei também prevê que os sistemas solares instalados recebam manutenção periódica para assegurar o funcionamento contínuo e eficiente dos postes de luz.

Além disso, estudos de viabilidade técnica e econômica deverão observar as especificidades de cada rodovia, e os sistemas poderão ser bancados por recursos públicos, parcerias ou convênios.

“A falta de iluminação nas rodovias contribui para a ocorrência de acidentes de trânsito, especialmente em trechos mais perigosos e com alta circulação de veículos”, disse o autor da proposta, deputado Clodoaldo Magalhães (PV-PE).

Próximos passos

O projeto de lei tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Minas e Energia; de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Após isso, o texto será encaminhado para sansão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Financiamento para energia solar cresce após volta da bandeira vermelha

Os novos aumentos na conta de luz, que entraram em vigor com o acionamento da bandeira vermelha tarifária nos meses de setembro e outubro, estão impulsionando os financiamentos para sistemas de energia solar no Brasil.

O volume de créditos liberados para projetos fotovoltaicos de micro e minigeração distribuída cresceu 22,7% no mês de setembro em comparação com agosto.

Com o acionamento da bandeira vermelha na conta de luz, a tomada de decisão (de muitos consumidores) acaba sendo pelas instalações fotovoltaicas. A conta é simples: além de haver mais facilidade de contratação de financiamento, o tempo de retorno do investimento cai de forma expressiva.

De 1º de setembro até agora, mais de 64,7 mil casas brasileiras tiveram sistemas fotovoltaicos instalados, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), com boa parte sendo financiada pelas instituições que atuam no segmento.

Embora o maior público para instalações de painéis solares seja o de consumidores residenciais, também chama a atenção para um aumento crescente no número de “financiamento de energia solar para condomínios, que buscam reduzir a conta do consumo das áreas comuns dos prédios.

–Bandeira vermelha

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2015, sendo composto pelas cores verde, amarela e vermelha (nos patamares 1 e 2).

Essa sequência indica o custo da energia: verde quer dizer que não há custo adicional, a amarela indica um leve acréscimo na conta de luz e a vermelha traz um custo maior aos consumidores brasileiros.

O aumento da tarifa sinaliza a necessidade da população reduzir o consumo de luz por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e da necessidade de ligar mais termelétricas, que têm custo maior de geração de energia.

A bandeira vermelha 1 foi acionada no mês de setembro, enquanto que a do patamar 2 foi em outubro. No final de cada mês, a ANEEL sempre anuncia qual será a cor da bandeira tarifária vigente para o mês seguinte.

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Painéis solares triplicam a população de abelhas

A energia solar tem um papel importante para recuperar a população de abelhas e insetos polinizadores, de acordo com um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa do governo dos Estados Unidos, ANL (Argonne National Laboratory).

A pesquisa foi realizada em duas instalações solares no estado de Minnesota onde foi constatado que a combinação de painéis solares e agricultura, conhecidos como agrovoltaica, trazem benefícios para o meio ambiente, geração de energia e produção agrícola.

Devido aos espaços com sombras e livres de agrotóxicos, os dados apontam que a instalação de painéis cria habitats favoráveis para abelhas, borboletas e outros insetos que são responsáveis por 80% da polinização dos alimentos em todo o mundo.

As áreas analisadas tiveram um aumento de três vezes na população de insetos, principalmente abelhas, além de maior biodiversidade de plantas, se mostrando também eficazes para o controle natural de pragas, já que os insetos ajudam a manter o equilíbrio natural e diminuem a necessidade do uso de produtos químicos nas lavouras.

De acordo com Lee Walston, ecologista e principal autor do estudo, “se localizada corretamente, a energia solar favorável ao habitat pode proteger os polinizadores e melhorar os serviços de polinização em áreas agrícolas”.

O estudo afirma ainda que, em cinco anos, é possível triplicar o número de insetos em todo o mundo.
Recuperação de abelhas no Brasil

A EDP, empresa portuguesa do setor energético, está reproduzindo abelhas nativas em uma de suas usinas solares em Roseira (SP), interior do estado. A usina abastece cerca de 160 famílias, com capacidade instalada de 75 kW, na Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos (SP).

O projeto BeeVolt foi lançado em 3 de outubro deste ano em comemoração ao Dia Nacional de Preservação das Abelhas. Realizado em parceria com a Bee2Be, tem o objetivo de unir a geração de energia e agricultura para proteger a biodiversidade da região, já que as abelhas nativas são ameaçadas de extinção.

Dominic Schmal, diretor de ESG da EDP na América do Sul, afirma que a empresa está focada em liderar uma transição energética justa, para isso, além de investir em energia renovável, é preciso envolver e beneficiar as comunidades e contribuir para preservar a biodiversidade das regiões onde os projetos estão instalados.

“Utilizar uma usina solar, cuja energia renovável já é direcionada para a comunidade da Favela dos Sonhos, para produzir e preservar uma espécie nativa de abelha, fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas, é um exemplo prático e real de transição energética justa”, explica Schmal.

Criação das abelhas

A criação das abelhas nativas se dá por meio da instalação de um meliponário que abriga as abelhas. Já são 20 enxames que devem se expandir nos próximos meses, chegando ao total de 100 enxames.

Vitor Costa, fundador da Bee2B, afirma que as abelhas são essenciais para a restauração ambiental. “Em tempos de mudanças climáticas e emergências ambientais, seu papel se torna ainda mais crítico. Esses polinizadores garantem a regeneração de plantas nativas e ajudam a restabelecer o equilíbrio dos ecossistemas”.

Além disso, o projeto leva conscientização, educação ambiental e geração de renda. Estão previstas parcerias com uma instituição social regional, como doação de meliponários e capacitação da comunidade, a partir daí, é possível gerar renda com a produção de produtos como mel.

“Ao instalar meliponários nas usinas solares, cria-se um impacto positivo no entorno, promovendo a biodiversidade local. Além disso, o projeto gera benefícios sociais ao envolver e capacitar comunidades locais, criando oportunidades de renda e maior conscientização ambiental”, explica Costa.

A ação é totalmente segura, já que as abelhas nativas da espécie Mandaçaia (Melipona quadrifasciata anthidioides) não têm ferrão. Elas medem aproximadamente 1 cm, e são pretas com quatro listras amarelas transversais e interrompidas no centro do abdômen. Essa espécie poliniza espécies da flora como Pau-jacaré, Capixingui, Cereja-do-mato e Candeia da Serra, entre outras. Produzem um mel bastante aromático, com sabor agridoce e toques frutais.

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Crescimento da agroindústria abre portas para energia solar

A área ocupada pela agropecuária no Brasil cresceu mais de 50% e avançou mais de 95 milhões de hectares desde 1985. Já a área de cultivo agrícola aumentou de 19,1 milhões para 61 milhões de hectares, segundo dados do MapBiomas.

Os números apenas evidenciam o potencial da agroindústria brasileira, um setor no qual a energia solar pode ser utilizada em diversas atividades, como na produção de laticínios, na indústria de carnes, no processamento de grãos, no abastecimento dos sistemas de irrigação, entre outras.

“Com uma localização estratégica na fazenda, por exemplo, o trabalho de captação da luz solar pode gerar uma economia de até 95%, sem contar que a propriedade ao atingir maior eficiência na produção, corre menor risco de ficar sem energia, inclusive se sua demanda aumentar”, destaca Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+.

O executivo destaca ainda que a instalação da fonte nessas localidades também ajuda a valorizar as propriedades, tornando-as mais atraentes para compradores e investidores.

“O fato é que a adoção de fontes renováveis de energia na agroindústria ajuda a impulsionar a transição energética brasileira e contribui para um futuro mais sustentável, afinal o agro é a força propulsora do país”, conclui Bourscheidt.

Energia solar no campo

Dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) apontam que o Brasil já possui mais de 250 mil propriedades rurais com sistemas fotovoltaicos instalados em todos os estados do país.

Atualmente, a classe de consumo soma mais de 4,5 GW de potência instalada, ficando atrás somente dos imóveis residenciais e dos estabelecimentos comerciais, que contam com 15,9 GW e 9,3 GW, respectivamente.

Somente em 2024, o segmento rural foi responsável pela conexão de mais de 45 mil sistemas fotovoltaicos e de quase 700 MW de potência instalada.

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