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Ano de 2023 já conta com mais de 500 mil sistemas de GD solar

No Brasil, o ano de 2023 ultrapassou a marca de 500 mil sistemas de geração de energia solar instalados no segmento de GD (geração distribuída), mostram dados atualizados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

De acordo com o Órgão Regulador, entre os dias 1º de janeiro e 23 de outubro, foram mais de 497,7 mil conexões contabilizadas em microgeração (com até 75 kW de potência) e 11,6 mil de minigeração (entre 75 kW e 3 MW).

Este já é o segundo melhor resultado anual da história do segmento – que, por enquanto, perde apenas para o mesmo período do ano passado. Em 2022, foram pouco mais de 609 mil sistemas de GD solar conectados entre 1º de janeiro e 23 de outubro.

Conforme esperado, os consumidores residenciais são os que lideram o uso da energia solar distribuída em quantidade de sistemas conectados à rede (387 mil) em 2023. Em seguida, vêm os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços, com 53 mil conexões.

Entre os estados, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Bahia foram os que mais instalaram sistemas de GD solar no ano, com 83,9 mil; 58,1 mil; 46,8 mil; 37,5 mil; e 26,3 mil, respectivamente.

Todos esses dados apresentados apenas reforçam o interesse dos consumidores brasileiros em gerar a sua própria energia, a fim de não ficarem mais reféns dos consecutivos aumentos que vem ocorrendo há anos nos preços das tarifas de energia.

Vale lembrar que, especificamente em 2023, o mercado brasileiro de energia solar distribuída enfrentou um primeiro semestre desafiador em razão de uma série de fatores, como a alta taxa de juros altos (quase três vezes acima da inflação) e a dificuldade para aprovação de crédito junto a bancos e instituições financeiras.

Para analistas do mercado, se não fossem esses fatores, o segmento estaria apresentando, neste ano, números ainda melhores em relação aos atuais.

Somando o total de sistemas fotovoltaicos de GD instalados desde o início da expansão da fonte no Brasil, já são mais de 2 milhões de conexões em operação e que, juntas, beneficiam mais de 3,1 milhões de unidades consumidoras em todo o país.

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Cresce o uso da energia solar nos estados do Acre e Rondônia

O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) autorizou na semana passada o acionamento das termelétricas Termonorte 1 e 2, que juntas somam pouco mais de 410 MW de potência, para reforçar o suprimento de energia elétrica nos estados do Acre e Rondônia.

A decisão foi necessária por causa do desligamento da hidrelétrica de Santo Antônio (3.150 MW), cuja operação precisou ser interrompida devido à seca que reduziu pela metade a vazão do Rio Madeira (RO) neste ano.

Essas termelétricas têm um custo de operação muito superior ao das hidrelétricas e das renováveis, além de utilizar o óleo diesel como combustível, extremamente poluente por emitir gases causadores do efeito estufa.

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) trabalha para regularizar a operação das duas usinas, que estão em outorgas, descontratadas e não possuem contrato de conexão com a rede de transmissão, segundo entrevista do diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, ao Valor Econômico. Ainda não há previsão de quando as usinas entrarão em operação.

Por outro lado, a energia solar está em expansão nos dois estados do Norte do país, com cada vez mais consumidores procurando gerar a própria energia limpa e renovável.

Levantamento feito pelo Canal Solar, com base em dados da ANEEL, aponta que o número de sistemas fotovoltaicos em operação no Acre e em Rondônia cresceu, respectivamente, 27,34% e 28,15% na comparação de 2022 com o ano anterior.

Rondônia é 22º estado em potência instalada de energia solar no ranking da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar), com 247,3 MW de capacidade. No total, são 19.186 sistemas, sendo que todos os 52 municípios rondonienses têm ao menos uma unidade gerando a própria energia. De janeiro a outubro, 4.311 sistemas foram adicionados, somando 58,3 MW.

Já o Acre ocupa a 25ª posição no ranking, com 63 MW e 5.029 sistemas espalhados em 21 dos 22 municípios do estado. Em 2023, foram 1.114 sistemas adicionados ou 17,5 MW.

A produção própria de energia vem crescendo em todo o Norte país, região onde as revisões tarifárias das concessionárias de energia têm elevado consideravelmente a conta de luz da população.

No Norte, há 131.402 sistemas de energia solar, somando 1.564 MW. Em 2022, foram instalados 44.436 unidades de geração distribuída, crescimento de 63% em relação a 2021. Até o início de outubro, foram instalados 38.892 sistemas na região, somando 476,9 MW, potência superior ao das duas termelétricas a óleo diesel.

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Plano Safra para agricultura familiar da Amazônia terá incentivo à energia solar

O Governo Federal lançou, no último sábado (05), o Plano Safra da Agricultura Familiar na Amazônia. As medidas previstas, exclusivamente para as regiões Norte e Nordeste, têm na energia solar um pilar importante para o desenvolvimento das duas regiões.

“Além de apoiar as cooperativas, queremos financiar a agroindústria para o açaí, o café, o maracujá e a laranja para agregar valor à produção familiar. E fazer uma luta para que tenha água, energia solar e cobertura de internet”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Os detalhes do plano foram apresentados em cerimônia realizada na cidade de Belém, no Estado do Pará, durante o evento Diálogos Amazônicos. Ele engloba ações de investimentos e financiamento com juros mais baixos para a produção familiar.

Neste ano, serão oferecidos R$ 71,6 bilhões para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), um volume 34% superior ao anunciado no Plano Safra do ano anterior e que representa o maior montante de crédito rural da história do programa.

De acordo com o Governo Federal, em relação ao ano anterior, a taxa de juros foi reduzida de 5% para 4% ao ano para quem produz alimentos como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite e ovos, entre outros.

Os agricultores familiares que optarem pela produção sustentável de alimentos saudáveis, com foco em orgânicos, produtos da sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia, pagarão 3% ao ano para o custeio e 4% para o investimento.

O Plano Safra também estabeleceu mudanças no microcrédito produtivo. A renda familiar máxima para classificação do agricultor de baixa renda foi ampliada de R$ 23 mil para R$ 40 mil.

As medidas envolvem ainda estímulos à produção sustentável de alimentos saudáveis, incentivos à compra de máquinas agrícolas, ampliação do microcrédito produtivo para agricultores familiares e mais crédito para as mulheres do campo.
Como aderir ao Plano Safra?

Para ter acesso ao crédito, o produtor rural deve buscar uma instituição financeira de sua preferência e autorizada pelo Banco Central do Brasil para realizar esse tipo de operação. Os documentos necessários e os requisitos variam de banco para banco.

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Energia solar adicionou 8 GW de capacidade operacional entre janeiro e julho

A energia solar adicionou cerca de 8 GW de capacidade operacional no Brasil entre os meses de janeiro e julho deste ano, segundo dados divulgados pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

No período, foram 6 GW acrescidos por meio de sistemas fotovoltaicos de micro e minigeração e outros 2 GW a partir das usinas de geração centralizada. Ao todo, o Brasil acumula mais de 32 GW em operação desde o início da expansão da fonte.

Nos primeiros sete meses de 2023, o setor solar também foi responsável pela injeção de mais de R$ 33 bilhões em novos investimentos na fonte, saltando de R$ 121,1 bilhões em janeiro para R$ 155,2 bilhões em julho, uma elevação da ordem de 27%.

O mapeamento da ABSOLAR mostra ainda que foram criados 240 mil novos empregos nos primeiros sete meses do ano, além de repasses de cerca de R$ 6,9 bilhões em tributos e encargos para os cofres públicos no período.

Para Sergio Lucas, CEO da BelEnergy, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos no País, as expectativas de crescimento do setor solar no Brasil são altas para este e os próximos anos.

“Espera-se um aumento significativo na demanda por energia solar por parte dos consumidores. Além disso, as novas tecnologias estão tornando os sistemas fotovoltaicos mais eficientes e acessíveis, o que impulsionará ainda mais o crescimento do setor no Brasil”, disse ele.

Roberto Caurim, CEO da Bluesun, explica que o crescimento da energia solar alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos pelo País.

“A fonte solar ajuda no processo de reindustrialização do Brasil, além de estimular a diversificação do suprimento de eletricidade, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, destacou.

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Painel fake ou fake power: saiba o que significa

No setor de energia solar fotovoltaica, muitos consumidores estão ouvindo sobre “fake power” ou “painel fake”. Porém, você sabe o que significam estes termos?

No caso, são módulos de algumas empresas que não geram a potência esperada e geralmente não têm certificações internacionais, como RETC, PVEL, AAA.

Os equipamentos foram aprovados por órgãos internacionais e Inmetro, mas, nas entregas, os módulos têm qualidade inferior e não atingem a potência esperada. Além disso, o preço é bem mais barato que painéis que atendem as certificações e são de fabricantes com longo histórico no mercado.

Isso é chamado de “fake power” ou “painel fake“. Por isso, nós da JA Solar, destacamos que é fundamental que os consumidores se atentem a essas questões na hora de realizar uma compra, evitando assim que seus projetos sejam prejudicados.

Os módulos da empresa, por exemplo, possuem nove certificações no mercado fotovoltaico. Entre elas estão as classificações recebidas pela PV Tech, RETC, PVEL, EUPD Research, TUV SÜD, UL Solutions, BNEF, ETL da Intertek e o selo do Inmetro.

Dos mais de 150 fabricantes de painéis existentes, 39 são listados no ranking financeiro da Bloomberg T1, 35 foram certificados pelo laboratório PVEL, seis possuem certificação de qualidade pela RETC e apenas quatro possuem certificação AAA pela PVTech.

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Estudo traça perfil do setor fotovoltaico brasileiro

Com o objetivo de traçar um panorama que auxilie os players na tomada de decisões estratégicas, a Greener está preparando um novo estudo sobre o mercado fotovoltaico brasileiro de geração distribuída.

Contando com a colaboração de integradoras de todo o país, a Pesquisa GD fará um balanço da primeira metade de 2023 e fornecerá dados acerca dos empreendimentos no âmbito de preços dos sistemas fotovoltaicos, eficiência comercial das empresas e também impacto regulatório, além de apontar expectativas, tendências e desafios do mercado para os próximos meses.

Entre as novidades, é possível apontar questões sobre sistemas de armazenamento, mercado livre de energia, capacitação do segmento fotovoltaico, ferramentas digitais de vendas, bem como a desativação e descarte de módulos.

“A participação dos agentes do mercado solar nesta pesquisa é de grande valor para entendermos a realidade do setor, os destaques positivos e os pontos de atenção neste primeiro semestre sob vigência da Lei 14.300”, comentou Marcio Takata, diretor da Greener.

A Pesquisa GD, que poderá ser respondida pelos integradores até o dia 31 de julho, faz parte do Estudo Estratégico de Geração Distribuída, que será lançado na primeira quinzena de setembro e estará disponível gratuitamente no site da Greener.

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Solar é aprovada no Minha Casa, Minha Vida e excedente será vendido às distribuidoras

O Senado aprovou, nesta terça-feira (13), a MP (Medida Provisória) que recria e permite o uso de sistemas de energia solar nas construções financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, como forma de diminuir a conta de luz dos moradores de baixa renda e democratizar o acesso de mais brasileiros à fonte limpa e renovável.

A aprovação ocorreu na véspera de a MP perder a validade, o que aconteceria nesta quarta-feira (14). O texto vai para sanção presidencial e, caso não sofra alterações, vai atender famílias com renda mensal de até R$ 8 mil em áreas urbanas e de até R$ 96 mil por ano na zona rural.

De acordo com Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), uma das grandes novidades do programa é a definição que faz com que os excedentes de energia gerados a partir dos sistemas fotovoltaicos destes moradores sejam comprados pelas distribuidoras.

Com isso, o valor arrecadado será automaticamente disponibilizado para um fundo próprio do programa, destinado para a realização de melhorias e o fomento do Minha Casa, Minha Vida.

“A compra de crédito de energia de forma mais simples e objetiva, facilita com que os excedentes de energia elétrica não sejam desperdiçados e, com isso, sejam transformados em dinheiro para fortalecer o programa,”, disse Sauaia.
Fim da exclusividade da Caixa

A MP aprovada nesta terça-feira também tirou a exclusividade da Caixa Econômica Federal como operadora do programa.

Com a mudança, bancos privados, digitais e cooperativas de crédito poderão operar o Minha Casa, Minha Vida, desde que forneçam informações sobre as transferências ao Ministério das Cidades com identificação do destinatário do crédito.

O Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009 e perdurou durante 11 anos, antes de ser extinto em 2020 pelo governo de Jair Bolsonaro e substituído pelo Casa Verde e Amarela.

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Como a energia solar reduz custos e aumenta a produtividade no agronegócio?

O Brasil é um país reconhecido pela força de seu agronegócio. É um grande exportador de grãos e proteínas animais, com áreas extensas de lavoura e criação de animais. São negócios que podem demandar um alto volume de energia elétrica.

Mesmo sendo um dos motores da economia nacional, o setor enfrenta vários desafios relacionados à energia. Em muitas regiões, mesmo em estados mais ricos, falta infraestrutura de energia elétrica e os problemas no fornecimento comprometem as atividades agrícolas.

Há desafios adicionais nessa área, como a entrega insuficiente de energia elétrica pelas concessionárias, os problemas de logística para levar diesel a áreas mais remotas, a indisponibilidade de locais para armazenamento, entre outros.

Grandes lavouras, por exemplo, costumam ter uma série de pivôs de irrigação, que permitem aplicar a quantidade certa de água e fertilizantes naquela cultura. Esses pivôs demandam energia elétrica. Mas, em geral, a rede elétrica não chega a toda a lavoura ou não há disponibilidade de demanda energética.

Uma das soluções encontradas pelos produtores é usar geradores a diesel, que acabam tendo um custo alto e muitas vezes são difíceis de operar, além de não terem uma pegada ambiental correta.

Imagine a complexidade de distribuir diesel a vários geradores em uma lavoura extensa em um lugar remoto, por exemplo. Isso aumenta muito o custo da produção, o que deixa o produtor menos competitivo.

A boa notícia é que para resolver esse problema temos visto uma solução interessante e eficaz com usinas de energia solar fotovoltaica. A solução, que a Ecori Energia Solar apresentou na Agrishow, o maior evento do setor, combina a usina fotovoltaica a um grupo gerador, usando um aparelho controlador.

A energia solar entra como uma fonte de geração primária e usa o gerador como referência para o inversor solar em um sistema totalmente off-grid. Se fizermos um paralelo, nas residências a usina do telhado é a fonte primária e a rede elétrica faz o papel de referência para o inversor.

Nas propriedades rurais, a usina combinada ao gerador permite ampliar o uso de energia elétrica a partir da fonte solar, usando o gerador tanto como referência para a solução quanto como backup para dias de baixa geração de energia.

Isso garante o funcionamento ininterrupto dos equipamentos, redução do consumo de diesel e a manutenção da produção agrícola. É uma solução mais barata, de longo prazo e sustentável para os produtores, que funciona para todo tamanho de propriedade rural.

O uso da energia solar como fonte primária de fornecimento dá mais autonomia aos produtores, que podem aumentar a produtividade de suas lavouras na mesma área de produção, reduzindo custos.

Também faz muito sentido associar as usinas solares a sistemas de armazenamento em baterias para as propriedades rurais, garantindo o fornecimento fora do horário de produção fotovoltaica ou mesmo em dias nublados e bombeamento 100% solar para alimentar motobombas em locais remotos. Isso vai se tornar cada vez mais recorrente. É a tecnologia verde a favor do aumento da produção.

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